quarta-feira, 5 de dezembro de 2012



Em verdade...

Se por venturas eu lhe disser que te amo,
Pois que te amo tanto quanto lhe digo...
Se por ternuras me disser em verdade,
Entre paixões e sorrisos, sem vaidade,
Pois que eternizada estarás comigo, amor!

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012



Beijos de amor

Só depende de você
Olhar em meus olhos e dizer
O que o seu coração
Desejar...
Mesmo que suas palavras
Sejam de puro esplendor...

Você foi e será você...
A alma mais bela que conheci!
Que ao coração vivi...
Que então, estou aqui,
A lhe entregar beijos de amor...

Ah, alma que amei
E ao tempo exprimi...
Que ao meu corpo,
Se põe sonhar e dormir...
No sentir o seu perfume
E a maciez de sua pele...

Sonharei...

Ah, alma que amei
E ao tempo exprimi...
Que ao meu corpo,
Se põe sonhar e dormir...

Sonharei...

(Poeta Dolandmay)


Verba insana

Oh, minha pomba bela e de peito rubro,
A quem de feitiços me vestiu em brasa,
Quem meu coração em seu pulsar abraça!
— Que ardo, em chama alta, deslumbro...

Quem ao luar de paixão me ferve! —Tanto
Quanto ao sol de amor me queima...
Quem simplesmente a profanar me teima,
Leve, insana... Oh, flor do meu encanto,

Ninguém haverá de o seu lugar encher!
Oh, minha gazela de infinito amor,
Por ninguém haverá de o meu peito arder!

Vagueias... Livre aos céus, oh, alma escrava,
Que imponente perpetua o teu vil condor,
A versar o teu sangue feito um rio de lava...

(Poeta Dolandmay)

sábado, 20 de outubro de 2012



Aromática

Tentação: teu corpo firme à pele cheirosa
Que estonteia meu coração pulsado...
Da sua entranha o meu gozo amado,
Ao seu tremor que se esfinge em rosa!

Assim que ouço de o seu verso a prosa,
Assim que canto o meu amor-pecado...
Aos teus gemidos, — som maculado,
Quê aos meus ais te encanta, oh, formosa!

E deita o meu peito ao teu peito humano:
— Um sentir desfolhante à sua paixão,
Cumprindo o descrente do meu engano;

Que te ouço em pulsar na imensidão,
Ao teu corpo-desejo, o meu amor-profano,
— Que nada é distinto e que nada é vão...

(Poeta Dolandmay)

domingo, 7 de outubro de 2012



Ela se chama “Esplendor”

Foi naquela noite tão bela e de luar
Que desprovido nas horas me pus...
Que saudosa ela veio me encontrar
Tão sensual, tremulenta, flor-de-luz.

Enigmáticos aromas ela despojava
Aos ares finos e cheios de fulgor...
Que teu olhar penetrante enfeitiçava
Os meus sentidos ao teu vivo amor.

Que notados são teus desejos loucos!
Que exaltar meus olhares poucos,
Ela se impôs a minha paixão notar...

Que aos íntimos fora a noite realeza!
Minha rainha, meu amor, minha alteza,
Que é de mim tremor, é sangue, é ar...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 28 de agosto de 2012



A uma consorte

És como aroma de rosas! Adolescente,
Como uma pomba divina de amor...
És como do céu o sol! Simplesmente,
Como o clarão da lua em esplendor...

Tens sorrisos à face, e, suavemente
O corpo desfila em andares de primor...
Tens anseios que se embalam, docemente
À pele rubra em brados belos e sem dor!

Por existir em chama viva, em queimar
Qual astro poente a procurar
Na noite longa o brilho intenso percorrer,

És como as estrelas de azuis celestes,
Que inteiramente me enriqueces
No infinito do teu amor nunca a morrer...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012



Feliz

Eu só quero ir embora
Pra nunca mais voltar
Eu só quero na noite a fora
Ver o brilhar dum luar...

Eu só quero na verdade
Um outro alguém encontrar
Que tenha também no peito
Meu mesmo jeito de amar...

Porque sei que no mundo
Sentir louco e profundo
Qual na minh’alma se guarda,
Borboleta louca e amada
A minha mão vai pousar...

Qual existir alma querida
Virá amar minha vida,
Que insistir em você
Vou seguir o tempo a morrer
Até ao além te encontrar...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012



Paixão lúbrica

Marés complexas e de tentações fulgentes,
De instantes loucos e de tonas sedadas...
Corações pulsantes às veias vertentes,
Aos êxtases profundos de horas sagradas...

Placidez convulsa às entranhas molhadas...
Momentos d’ouro aos sóis displicentes...
São luzes benditas, são noites plasmadas,
São desvarios erguidos de reais eloquentes...

Quais momentos moucos, que vil a sofrer?
Eis minhas horas ao real dum viver...
Erguem-se as chamas da paixão lúbrica!

Que cobiças me sejam dos dias lembrados...
Pois que demente, sou agora os sonhados
Delírios vigentes de minha vultosa súplica!

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 11 de julho de 2012



Numa só realidade

Agora que se revelou a verdade
Do que tínhamos vontade
Do que queríamos pra nós, amor
Vamos amar endoidados
Pra não perdermos os lados
Que o nosso amor encontrou...

E o coração
Vamos pulsar de verdade
Agora numa só realidade
Sem termos que implorar a paixão
Que então,
Não tínhamos pra dar...

Agora vamos nos completar
E aos desejos doar
Os beijos que nunca demos
Que agora,
Nos surgiram as estrelas
E pra não deixarmos de vê-las
Vamos amar e sorrir
Assim como nós nos amamos
Nessa paixão de verdade
Que nos veio enfim, amor

Agora vamos amar de verdade
Numa só realidade
Sem termos que implorar a paixão
Que então,
Nos veio enfim, amor.

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 27 de junho de 2012



O chegando d’Cíntia

De tempos, eu a esperava... E quando
Chegou, de canções inda fora de esperar...
Que, de amor, disse-me chegando:
“Versa-me fulgor, versa-me eternizar...”

Se que vives de paixão, sonhando
Às nuvens, em qual astro queres edificar?
A perguntei! E disse-me cantando:
“De bálsamos insanos e de luz de luar...”

E o sol queimava sem doer! Enfeitiçado
Ao seu corpo delirando, e na sua pele nua,
O vento rompia os montes. E despojado

Perguntei: de qual estrela fosse esplendor?
E disse-me sorrindo: “A Lua, — a Lua!”
Que dos meus insanos versos, ela eternizou...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 19 de junho de 2012



O nome dela é Paixão

Tão deslumbrante, minha rainha, meu amor.
Pele de seda, cheirosas curvas, quente...
Com teu brasar de atração e de furor
Esquece-me o mundo ao teu beijo eloquente!

Tanto aos deuses eu a roguei... Tão dependente,
Aos meus insanos carinhos de primor...
Que me destes aos teus íntimos, simplesmente,
Como profana de ternuras e de esplendor!

Visão sem olhos, à alma louca fosse outrora...
Pois minha prenda, minha pomba, tu és agora
O meu conforto ao deserto frio de ansiedade...

Como as rosas, eterna tu me seja a deslumbrar...
Pois que o meu corpo tu já fazes exaltar
Desde o princípio em que te vejo à insanidade...

(Poeta Dolandmay)

sábado, 26 de maio de 2012



Êxtase oculto

Quando gemes, ao meu desejo insano,
Pulsando às veias do teu corpo quente,
Tão louca, desnuda, e, independente,
Cumpre-se em paixão o meu engano...

O estro desdenhado em minha mente,
Que outrora, me fosse vil e soberano;
Que distante me fosse ao grito humano,
E eleva-me, o amor que clareia e sente...

E quando em verdade sussurra tua voz
Aos meus ouvidos moucos, delírios,
Ouve-me em elegância o teu esplendor...

Esquece-me aos tímpanos o meu algoz,
Deliras puramente aos seus martírios;
Que em demência tu és o meu vasto amor.

(Poeta Dolandmay)

sábado, 19 de maio de 2012



Paixão maior

Que me fostes como pensaste em orgia
Os seus gemidos loucos ardentes,
De meu amor o seu amor dependente
Ao meu tremor e intensa euforia...

E mais que disposta me foste ardentia,
Em elevado primor simplesmente,
Que de tão puro o ardor entre a gente,
Cumpriu-se de encanto a maior poesia...

De tantas, que me és a mais elegante,
A qual meus versos cantiga em verdade:
Que fosse outrora, o meu amor em vão!

E que vêm dias ao meu desejo infante,
Com tal insânia, em nossa saudade,
Que nossos corpos se ardem em paixão...

(Poeta Dolandmay)

sábado, 28 de abril de 2012


A Virgem e os Poetas

Ela era o sol, as estrelas, ela era a lua!
Tão linda, meu Deus! Simplesmente
Uma virgem edenizada. E nua, —
Ela me era qual uma prenda eloquente.

E, os Poetas, a rogavam doidamente:
“Dá-nos, oh, Senhor, e a perpetua
Na tua fragrância divina, e dependente,
Por todos os séculos a nos côngrua!”

E eu somente a olhava... Tão desejosa!
Filha dos alfobres, que linda rosa, —
A mais bela entre as belas de todo plano!

E eu a roguei a Deus: “À alma humana,
Dá-me, oh, Senhor, como profana! —
E Ele deu-me a virgem, o meu engano!”

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 11 de abril de 2012


Que nos devore o amor

Ama-me, até mesmo que seja diferente de mim,
Mas me ame assim, com alegria...
Seja-me uma canção de beleza e de amor,
Mas não me seja desse amor à surdez,
Todavia, me seja uma melodia suave aos ouvidos...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 3 de abril de 2012


O estro d’ Erato

Como a lua ela passava... tão formosa, fugidia,
Quente, e alva, na noite em clarão brilhava;
E de paixão exauria a alma, e descansava
O teu corpo firme e doce. E de amor revivia

O meu coração aos seus instantes, na fantasia,
No enfeitiçar de sua luz. E se entregava
O meu gracejo, na imensidão de su’alquimia
Deslumbrante, que bela, como a lua ela passava...

E de nada me fosse esconder os sentimentos
Do meu fechado mundo. Num só poder,
Revelavas, e me envolvias, aos seus conventos...

Nos meus olhos abotoados, imaginava o beijo
De sua boca, que sem lábios, no prender
Da sua intensa luz, ela descansava o meu desejo...

(Poeta Dolandmay)

sábado, 24 de março de 2012


Castidade

Fizeste de mim um arrebol bendito,
Do meu amor um feitiço imaculado...
Da minh’alma de crença o pecado
Fez-se de paixão um cerne erudito...

Fizeste de meu corpo teu bem restrito
Abrasado ao perfume de seu andado...
E do meu sentimento, conspirado,
Notou-me em versos teu feito infinito...

O meu espírito se mantém aceso,
Desde outrora ao notado em que nasci,
Desde que eu vivo a desventurar...

Que sol que nasce, em que sol avesso,
Em que casto tempo, em qual vivi,
Em qual vida, amor, vou te encontrar...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 21 de março de 2012


Análoga

Ela me é estrela, totalmente nua...
Astro-luz, minha sina imaculada,
Que em fulgor é minha amada;
A tormenta encantada da charrua...

Bendita, que eloquente perpetua...
Que, assim, por mim é desejada;
De minha ternura é iluminada
Por onde passa, minha branca lua...

Enfeitiçada de paixão, ela se impõe,
Delírios... Desejos meus! E bela,
De meu vultoso verso se compõe...

Musa! Que de seu corpo é ardor...
Formosa! Que de Poetas à procela,
É dos céus a clareza de esplendor.

(Poeta Dolandmay)

sábado, 17 de março de 2012


Excêntrico

De tanto amor lhe fui!
Hoje, eu sei lá! Sei lá o qu’eu te sinto!
S’eu te sinto amor? Não sei!
Não mais teu infinito eu sou.

Não!... Não me inventas sentir...
Meu coração é mudo.
Meu sonho é existir...
No que de ti, não tive ao mundo!

Amor sente... Paixão violenta...
Ardências envolvem!
Lábios molham... Sangue esquenta...
Desejos não morrem!

Buscando, e querendo... Amor-teu!
Em minhas ilusões, segui...
Agora, o qu’eu te sinto? Sei lá! Adeus!
Ao seu amor morri!

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 13 de março de 2012


O Poeta e a sua Amada

A rosa mais brilhante dum jardim
É assim a minha amada
A mais rubra entre as cores
De paixão intensa e apaixonada...

A mais pulsante de desejo
É assim a minha amada
De beijo eloquente e de amores
A mais bela e encantada...

Na noite não esconde ardentia
Que à luz do dia é comportada
Que de prazer e de orgia
Por tudo em mim é enfeitiçada...

É assim a minha amada
Que sem tristeza e sem dores
Que de alegria e de ardores
Ao teu corpo em fogo é imaculada...

É assim a minha amada
Que por minha escrita e melodia
Na ilusão que eu vivo e sonho
Que será pra sempre desejada...

(Poeta Dolandmay
)

terça-feira, 6 de março de 2012


A flor d’ Lis

Ela desabrochou, em aroma de flores;
Rosa linda, rubra, deslumbrante,
Como uma musa de pecados, e amante,
Com o beijo mais lúbrico dos amores...

Princesa de fusão, lírica, sem temores,
Com olhos d’estrelas, chamejante,
Pele de seda, corpo altivo, e pulsante;
— A essência mais convulsa dos ardores...

Tu, querida, que me olhaste, formosa,
Única! Cobiça minha, qu’eu procurava, —
Eis aos meus jardins tão linda rosa...

Em cores, gentil elite, oh, uma pintura,
Sensual, tão elegante; que iluminava
Aos meus olhos os desejos que me dura...

(Dolandmay Walter)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Desnuda ao meu íntimo
(A Donzela d’ Meolá)

Desalmada em auge elegante e sorrindo,
Já me eras tu tão doce e tão bela;
Que as cantigas, em teus sons, ouvindo,
Eis d’eu vagar-te já por longa fusela...

Inda é deslumbrante, asseado e infindo,
Os teus rosais de cheiro em procela;
Que aos ventos em minh’alma, seguindo,
Eis o meu imo a pulsar-te a lapela...

Coração, que, desdenhado e tristonho
Pulsou... antes, de sonhar-te em meu amor
O que és de esperança em meu sonho...

E seguindo, Donzela, os teus caminhos,
Os teus raios em fusão de esplendor,
Hás d’eu cantar-te em mim teus carinhos...

(Poeta Dolandmay)

Amor em vão

Você se foi e me deixou aqui
Se cansou do nosso amor, que banal
Ao seu peito já não era igual
Ao meu mesmo jeito de sentir...

Na vida já não sei, no meu coração
Se outro amor de verdade assim
Qual o seu amor a brilhar em mim
Me verei amar em outra paixão...

No dia eu já não vejo o sol nascer
Nem por fim o luar me envolver
Na noite a sofrer o teu amor em vão...

Pois que você se foi e me deixou aqui
Assim sem você e saiu por aí
Sem que eu pudesse te encontrar
Em qualquer rua em qualquer lugar...

Na vida já não sei, no meu coração
Se outro amor de verdade assim
Qual o seu amor a brilhar em mim
Me verei amar em outra paixão...

No dia eu já não vejo o sol nascer
Nem por fim o luar me envolver
Na noite a sofrer o teu amor em vão...

Pois que você se foi e me deixou aqui
Assim sem você e saiu por aí
Sem que eu pudesse te encontrar
Em qualquer rua em qualquer lugar...

(Poeta Dolandmay)


“In Letras de Músicas”

sábado, 18 de fevereiro de 2012


Meu amor em você

Eu sei que tão feliz eu era, agora eu sei
Por a última noite em que eu te amei
Naquela intensa paixão em tão forte furor
Sem que fosse de dor no meu coração...

Quando teu olhar me olhou de repente
Me veio a falar que o amor entre a gente
Tinha por findar e por nada acabou
Sem que fosse de dor te findou a paixão...

Por que acabou esse amor que me tinha?
Se nada compete a tu’alma a minha,
Se nada a reflete o sol às estrelas
Qual a lua que brilha meu amor em você...

Agora o que eu faço pra poder esquecer
Tudo o que me era de amor simplesmente
Se tão descontente só vivo a chorar
O amor que acabou por mim acabou...

Por que acabou esse amor que me tinha?
Se nada compete a tu’alma a minha,
Se nada a reflete o sol às estrelas
Qual a lua que brilha meu amor em você...

Agora o que eu faço pra poder esquecer
Tudo o que me era de amor simplesmente
Se tão descontente só vivo a chorar
O amor que acabou por mim acabou... (2x)

(Poeta Dolandmay)


“In Letras de Músicas”

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


Sem ósculo

Disse-me tanto, e tudo, e de amor,
Disse-me de saudade, orgia e desejo.
Mas, contudo, na verdade, o beijo
Nunca me deste à face — o esplendor;

Aquele que é santo, paixão e fulgor,
Nunca me veio a‘brasar no ensejo,
Na procura discreta e no almejo,
— Sem que me fosse a primeiro furor...

Distante eu jamais fui, nem a saltar,
De carinhos... E, ainda sofre sozinho
O meu órgão em agonia de pulsar...

Mas vejo que em breve, de desalinho,
O meu ermo, cansado, possa estar
No beijar d’um outro melhor-carinho.

(Poeta Dolandmay)


“In relações”

A dançarina

Diste de mim, de tudo, e por graça,
Sem saber que sofrer fosse tanto...
Diste de mim, que eu era a desgraça,
Que não lhe dava o sol de acalanto...

Diste de mim, que o tempo lhe passa,
Sem paixão, sem desejo, e, portanto,
Não querias um altivo, como traça,
Nos teus dias de tão melhor encanto...

Assim, fiquei pelas ruas, aos versos,
A gritar por todo canto: onde está,
Aquela que me era de amor o sucesso.

Até que leio, numa tenda de orgias:
Vem... E todos vêm, há de apresentar,
Aquela que se dança o corpo anistia...

(Poeta Dolandmay)


“In indultos”

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


No amor o sorrir é eterno

No dia em que ao mundo eu te encontrei
O meu corpo se exaltou entre os amores
E bálsamos infinitos se espalharam entre os ventos,
O meu amor por você se espalhou...
Os céus se tornaram mais claros e os mares mais azuis...

No dia em que ao mundo eu sorri pro amor
As flores brotaram aos jardins e o luar brilhou...
No dia em que ao mundo o meu coração
Pulsou sem que fosse de ausência e medo
O meu corpo se entregou junto ao seu
E a paixão me sorriu ao tempo infinito da vida...

Na vida nós amamos pouco
Na vida nós sorrimos pouco
No amor o pouco é tudo
No amor o sorrir é eterno...

No dia em que ao mundo eu sorri em você
Descobri que sem o amor de verdade,
Sem o prazer de amar, tão insensato se torna o mundo,
Tão distante se torna qualquer sonho...

Nada se perde ao tempo quando ama
Tudo se torna doce, tudo se torna feliz e para sempre...
E com você tudo em mim é amar e sorrir,
Tudo em mim é vontade de amar para sempre...

Na vida nós amamos pouco
Na vida nós sorrimos pouco
No amor o pouco é tudo
No amor o sorrir é eterno...

Nada se perde ao tempo quando ama
Tudo se torna doce, tudo se torna feliz e para sempre...
E com você tudo em mim é amar e sorrir,
Tudo em mim é vontade de amar para sempre...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


O amor é teu perfume
(A deusa das flores)

Sinto a beleza da fragrância eterna...
Das afeições, de santidades, de sonhos e flores;
Rosa de outono, das estações de amores,
Que por todos os ciclos se faz moderna...

Sinto a beleza da vida de esperança. Terna,
Tens o aroma que ilumina... Esfinge as dores;
Borboleta que nutre, de céus esplendores,
Que edifica, faz de existência tu’alma externa...

E nada a faz sentir de orgulho à beleza
Da primavera, de seus encantos, de seus florais,
De seu coração de ouro, do seu canto e leveza,

Que purifica, que a ergue em enorme lume,
Na magnitude de suas ternuras, e por teus anais...
— Ó deusa das flores, — “o amor é teu perfume”!

(Poeta Dolandmay)


“Dedicado a Débora Neves”

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


De desejos nos faz o Amor
(O encanto d’ Ela)

Tu és quem ao meu peito expõe delícias,
Quem das ternuras me faz fervor...
Quem acende o meu corpo ao esplendor;
A de fulgor extremo, e de malícias...

Aquela quem do entardecer me arredias,
Quem me esquece ao mundo o pecador;
A de paixão intensa e de amor
Sem tormentos, sem solidão, e fantasias...

A que meu corpo firme não roga em vão;
A que me cantiga p’ra enternecer
Os meus dias de glórias na imensidão...

Tu és quem ao tempo faz o amor vencer;
A que me faz pulsar o triste coração,
És quem dos céus brilha o sol-amanhecer...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012


Mulher - Quatro pecados

Amor: Um sentimento de total desejo. E, talvez
Não, se, por modéstia for o teu perfume louco,
Ou se, vier, mulher, em trevas ao meu sonho pouco
Excitando-me os pesadelos de tua vã mudez.

Paixão: Resoluta. Se, contudo, me for tampouco
O teu corpo sereno e firme, — tua perturbada nudez;
Escultura desenhada aos meus olhos moucos,
Como rochas, ao teu aroma de total embriaguez...

Orgia: Vil. A não ser, se, o teu calor de suor gelado
Fosse, sem mel das delícias aos meus brocados,
Se que, não fosse à ardentia o teu céu-esplendor...

Desejo: Um espírito de pulsar enfeitiçado e célebre,
Um fervor dentre as veias d’um corpo em febre;
Que excitar, mulher, em fogo, tu és o pecado-amor!

(Poeta Dolandmay)

sábado, 28 de janeiro de 2012


Filha de Zeus
(A pecadora)


Ela era a imaculada, a luz da lua.
Uma estrela sob os céus de amor,
Que dentre todas as virgens, em fulgor,
Sentira sem desejo à pele nua...

Antes, que aos astros um altivo
Sem dependência de anseios, sem razão,
Fizesse-a pulsar forte o coração,
Num ardor de ofegante ao sol cativo...

A virgem imaculada fora às águas
Banhar-se o seu corpo, sem que mágoas
Pudesse de sentir ao sol poente...

Mas certo que em todo altivo torto
Não se sente dum só desejo o conforto;
E fizera a imaculada descontente...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012


A Musa e o Poeta

Eu vi a lua na noite escura,
Eu vi os teus olhos de luz serena,
Eu vi tu’alma e os teus sorrisos...
Estrelas azuis, e astros d’ádvena.

Eu vi a paixão do amor real,
Eu vi dos prazeres os teus desejos,
Eu vi o teu corpo escultural,
Dos lábios quentes quis teus beijos...

E do imortal sonho irreal,
Dos murmúrios tensos, da voz pura
Ouvi os gemidos de su’alma...
Musa de Bardos, dependente.

Senti os teus aromas d’açucena,
Flor dos silêncios que me perdura,
Cíntia nua que me acalma,
Na visão profana de minha mente...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012


No sonhar em você

No mundo sem você
Não tenho fantasia...
No dia o sol faz se esconder
Em noite vazia...
E a lua não beija a paixão,
E triste o meu coração
Sem vontade de viver,
Sem vontade de sorrir
Nada o faz pulsar e sentir
No mundo sem você...

Se tão perto a vejo existir
Num sorrir de alegria,
No teu querer em ardentia
Tão intenso é meu fulgor.

Se tão perto a vejo sorrir
Num existir de fantasia,
No teu sonhar à luz do dia
Tão imenso é meu amor.

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012


Quer-se falar de amor...

Mas antes que feche o dia,
Que desejos fossem teu;
Assim de amor nada seria
A dormir no peito meu...

Que eu fulgir em ardentia
Como que fosse um apogeu;
Sem sol-fulgor e euforia,
Que às tentações seria eu...

Mas que antes dum tremor
Chamas brotam em calor
A redigir dentre os amores...

Por amor que for perfeito,
Se que Poeta eu fosse eleito
Nada seria dentre as flores...

(Poeta Dolandmay)