quarta-feira, 25 de maio de 2011


SONETO ORAL

O teu aroma, amor, me seduz à flor molhada,
Ao mel nos lábios em sugar do teu amor,
Ao teu êxtase em delírios de esplendor,
Pois que tu és de minh’alcova a rosa amada...

Em meu querer, tu foste aos céus santificada
Qual uma prenda num solver sem amargor...
Pois que tu és, entre as estrelas, o meu fulgor,
Em meu luar entre a paixão a imaculada...

Cheirosas ramas, ao teu chão, sempre a criar
Vontade louca em teu perfume eu envolver
Aos teus anseios, por te sugar a flor ardente...

Pois teu aroma, amor, haverá d’eu encontrar
Em cada espaço de desejo a me prender
Sem medo algum à tua chama incandescente...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 17 de maio de 2011


PAIXÃO DE ERAS

Eu quero ser outra vez
Tudo o que eu era antes
Ser seus instantes de prazer
E tua paixão delirante...

Eu quero ser outra vez
Tudo o que te faz provar
Te faz provar que o amor
É quem te brilha o luar...

Eu quero ser outra vez
A tua sensatez
Teu sangue às veias quentes
Quem te faz simplesmente
Tão louca ficar...

Eu quero ser outra vez
Os teus dias arfantes
O seu coração palpitante
Na loucura de amar...

Eu quero ser outra vez
Quem sabe até talvez
A eternidade dos teus dias
No além do seu esplendor...

Pois que ao distante passado
Eu sempre estive ao teu lado
Eu sempre fui teu amor...

(Poeta Dolandmay)


DELÍRIOS EM PRAZER

Pois quando inclui o que não se têm
Tudo à alma se altera: delirante prazer!
Se fantasia ao corpo tão bem
Que n’um fantástico gozo se faz viver...

Pois, é em chamas que se faz erguer
As volúpias tentações d’um antigo além,
E ao coração se faz compreender
Como se ama, sem mesmo ter ninguém.

São de Bardos as vozes que se faz voar,
E são das estrelas o azul balouçante
Que se cruza ao branco e mágico luar...

Pois que também ninguém se faz arfante
Em tudo que se vê, mas se faz provar
Que não se mente um prazer delirante...

(Poeta Dolandmay)

sábado, 7 de maio de 2011


Em bálsamo eloquente

Ela me veio numa tarde quente
Dizendo-me de seus amores...
Ela me veio de dentre as flores
Com sua fragrância eloquente...

Ela me veio tão simplesmente
Qual uma flor e sem pudores...
Ela me veio em seus ardores,
Ao seu vermelho rosa-ardente.

Mulher-ardor que me faz amar
E aos seus feitiços entregar
Os meus intensos devaneios...

E assim é ela: é como uma fada
Minha menina-rosa amada,
É quem me leva dentre os seios.

(Poeta Dolandmay)