quarta-feira, 24 de agosto de 2011


No provar do tempo

Ela veio me ver,
Tão bela ela veio...
Sorriso na face,
Olhos de estrelas...

Ela veio me ver,
Em meio os sonhos
Da voz que falasse
Em luas belas...

Ela veio me ver
Entre as montanhas
No sol de poente,
Ao mar de espumas...

Ela veio me ver,
Em pranto sem dor
À luz amarela,
Em cheiro de rosas...

Ela veio me ver,
Em noite de amor
Por onde esperavas
Séculos inteiros...

Ela veio me ver,
Em sonhos de prata,
Na espera de antes
Prover o depois...

Ela veio me ver,
No provar do tempo
Acordar sobre mim
O amor de nós dois...

Ela veio me ver,
Ela veio...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 16 de agosto de 2011


Basta apenas um pouco pra sorrir

No mundo em que eu pensei não ser mais feliz
Eu vi que ainda há muito amor para sorrir,
Eu vi que não sabia nada do que é amar
E que a felicidade está sempre a nos esperar,
Está sempre a nos esperar...

Eu vi que no mundo o tempo não se desfaz
E que sofremos por buscar demais
Sendo que tão pouco é preciso o amor,
Que não sabia nada do que é amar,
Que o coração é leve quando quer pulsar,
O coração é leve quando quer pulsar...

Na vida para conhecer a paz do que é viver
Não precisa muito para compreender
Que o tempo é curto e que a história acaba
No mundo em que eu pensei não ser mais feliz,
Em que eu pensei não ser mais feliz...

Eu vi que basta apenas um pouco de amor
Para olhar as estrelas em seu esplendor,
E para ver a lua em o seu fulgor
Basta apenas um pouco de paixão...

Eu busquei no mundo o amor que me sorria,
E eu vi que tudo o que sonhamos
É uma história simples de realidade,
Mas se nos amarmos é para a eternidade...
Basta apenas um pouco pra sorrir...

Eu vi que basta apenas buscar o que nos faz feliz
E o que nos faz feliz
Basta apenas um pouco pra sorrir...
Basta apenas um pouco pra sorrir...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011


Nada mais suplica

Nada do que lhe disser
será mais imenso
do que o amor
que por você se apossa
em meu coração...

Nada do que lhe sentir
será mais intenso
do que o sangue
que ao meu corpo redoma
por a tua paixão...

Nada do que lhe passar
será mais puro
do que o ar
que minh’alma respira
por o teu prazer...

Nada do que lhe pedir
será mais infinito
do que os dias
que ao tempo eu imploro
por ter você...

Nada... nada...

(Poeta Dolandmay)


sexta-feira, 5 de agosto de 2011


Faz quanto tempo...

Eu já não sei quanto tempo
se passou...
Quanto tempo, amor,
desde quando aos céus
me pintou as estrelas...

Eu não sei se nesse momento
os meus sentimentos
confessam na música que toca
a solidão em mim...

Eu não sei se ao coração
que me pulsa perdido
descompassado e ferido
ao som do vento que passa
ainda existe a paixão...

Eu não sei se a melodia
que ao nada recorda
a dor que ficou
em meu peito estampada
poderá recriar
uma nova alvorada
por meus olhos cansados...

Eu não sei se agora
poderei esquecer
que outrora o seu mundo distante
me roubou o tempo...

Eu já não sei quanto tempo
se passou...
Quanto tempo, amor,
que ao nada ou procuro
por você.

Eu não sei... Não sei...

(Poeta Dolandmay)

A fada dos lírios

Se por simples perversão ela errasse
Em algum lugar da nossa história...
Dos contos, me ficariam à memória
Apenas a expressão do que me falasse...

Se por simples estrelas me contasse,
Os meus agrados ficariam em sua glória
E as minhas palavras compulsórias
Em cada um dos gestos que ela amasse...

Hoje trago de tua face o esquecimento,
Do que me dissesse nos momentos,
De quando tudo nos foi feito de magia...

Se Deus a fez no mundo pra enternecer,
Foi para ao coração eu compreender
Como o tempo a nossa história contaria...

(Poeta Dolandmay)

A saudade d’ Ela

Eis o tempo que não há tempo...
Os dias que esperavas, amor!
Terás agora o conhecimento
Das horas perdidas em seu langor.

De almas passadas fez-se o vento...
Trazem em versos a minha dor...
Que hoje de mim é o alento
No agora que vive meu esplendor...

Mas tanto de brilho não vivo ainda
Por antes beijar-te a face linda,
Por antes amá-la aos meus delírios...

Foi-se de mim a própria saudade...
Por hoje nos contos de vaidade
Eis que a ressurge dentre os lírios.

(Poeta Dolandmay)

A musa dos sonhos

Ah, a tua paixão, imensa, cravina,
Desmesurada em prazer real,
Ardente assim eu nunca vi igual,
Puramente a lua, linda... divina.

E a minha loucura intensa e fina
No teu corpo quente, escultural,
Não há como ser em mim normal,
Ah, não me há quem a desatina...

Oh, bela, os teus desejos loucos,
Por mim, nem que fossem poucos,
Feliz ao mundo eu estaria a rir...

Se em meus olhos deixaste ilusão,
Não há quem não vê em ti paixão!
Que bem, o Poeta, tu fazes sorrir...

(Poeta Dolandmay)

Pra me fazer sorrir

Eu sei, amor, eu sei
Que nada me fará mudar o mundo,
Que nada me será tão mais profundo
Do que o meu amor por você...

Eu sei, amor, eu sei
Que viver assim não seguirei
Nas belas noites de luar,
Até mesmo eu sei que sem te amar
Não alimentarei meu coração...

Mas como viver só de ilusão
Sem que eu tenha a sua paixão
Pra me fazer sorrir...

Eu sei que pra poder eu existir
Nesse mundo sem você
Terei que deixar o amor partir,
O amor que me entrega à solidão...

E talvez eu distante de você
Poderá então você me ver,
E quem sabe assim eu saberei
Que te amar não foi em vão...

Eu sei, amor, eu sei
Que nada me fará mudar o mundo,
Que nada me será tão mais profundo
Do que o meu amor por você...

Mas como viver só de ilusão
Sem que eu tenha a sua paixão
Pra me fazer sorrir...

(Poeta Dolandmay)

A Ela

Talvez tudo me pudesse ser
Menos que fosse a mim amor;
Pois aos céus fosse esquecer
Nesse presente a minha dor...

Talvez eu amar jamais você
Poderia a esse meu fulgor;
Como mendigo em merecer
Cem mil estrelas ao esplendor...

Pois tanto que meus versos
São aos ares todos dispersos
Nem são ditos por ninguém...

E sem que amar me poderia
Mesmo que fosse à fantasia;
Que assim eu fosse de alguém.

(Poeta Dolandmay)

Dantes à vida...

Como o vinho que tu bebes,
Como a vida que te foi desejo,
Como o sol que me aqueces
Hoje lhe trago à boca o beijo.

O beijo da noite que desce
Sobre os teus olhos cansados,
Sobre os esquecidos pecados
Da tu’ alma que me padece...

Bebido ao gosto de tua boca,
Ao perfume que te põe louca
Sou teus sonhos ao infinito...

Hoje lhe trago lá do passado
Os teus lírios emaranhados
E o teu beijo aos céus pedido...

(Poeta Dolandmay)