sábado, 26 de maio de 2012



Êxtase oculto

Quando gemes, ao meu desejo insano,
Pulsando às veias do teu corpo quente,
Tão louca, desnuda, e, independente,
Cumpre-se em paixão o meu engano...

O estro desdenhado em minha mente,
Que outrora, me fosse vil e soberano;
Que distante me fosse ao grito humano,
E eleva-me, o amor que clareia e sente...

E quando em verdade sussurra tua voz
Aos meus ouvidos moucos, delírios,
Ouve-me em elegância o teu esplendor...

Esquece-me aos tímpanos o meu algoz,
Deliras puramente aos seus martírios;
Que em demência tu és o meu vasto amor.

(Poeta Dolandmay)

sábado, 19 de maio de 2012



Paixão maior

Que me fostes como pensaste em orgia
Os seus gemidos loucos ardentes,
De meu amor o seu amor dependente
Ao meu tremor e intensa euforia...

E mais que disposta me foste ardentia,
Em elevado primor simplesmente,
Que de tão puro o ardor entre a gente,
Cumpriu-se de encanto a maior poesia...

De tantas, que me és a mais elegante,
A qual meus versos cantiga em verdade:
Que fosse outrora, o meu amor em vão!

E que vêm dias ao meu desejo infante,
Com tal insânia, em nossa saudade,
Que nossos corpos se ardem em paixão...

(Poeta Dolandmay)