terça-feira, 28 de agosto de 2012



A uma consorte

És como aroma de rosas! Adolescente,
Como uma pomba divina de amor...
És como do céu o sol! Simplesmente,
Como o clarão da lua em esplendor...

Tens sorrisos à face, e, suavemente
O corpo desfila em andares de primor...
Tens anseios que se embalam, docemente
À pele rubra em brados belos e sem dor!

Por existir em chama viva, em queimar
Qual astro poente a procurar
Na noite longa o brilho intenso percorrer,

És como as estrelas de azuis celestes,
Que inteiramente me enriqueces
No infinito do teu amor nunca a morrer...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012



Feliz

Eu só quero ir embora
Pra nunca mais voltar
Eu só quero na noite a fora
Ver o brilhar dum luar...

Eu só quero na verdade
Um outro alguém encontrar
Que tenha também no peito
Meu mesmo jeito de amar...

Porque sei que no mundo
Sentir louco e profundo
Qual na minh’alma se guarda,
Borboleta louca e amada
A minha mão vai pousar...

Qual existir alma querida
Virá amar minha vida,
Que insistir em você
Vou seguir o tempo a morrer
Até ao além te encontrar...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012



Paixão lúbrica

Marés complexas e de tentações fulgentes,
De instantes loucos e de tonas sedadas...
Corações pulsantes às veias vertentes,
Aos êxtases profundos de horas sagradas...

Placidez convulsa às entranhas molhadas...
Momentos d’ouro aos sóis displicentes...
São luzes benditas, são noites plasmadas,
São desvarios erguidos de reais eloquentes...

Quais momentos moucos, que vil a sofrer?
Eis minhas horas ao real dum viver...
Erguem-se as chamas da paixão lúbrica!

Que cobiças me sejam dos dias lembrados...
Pois que demente, sou agora os sonhados
Delírios vigentes de minha vultosa súplica!

(Poeta Dolandmay)