sexta-feira, 28 de maio de 2010


BILHETE

O que me importa se o mundo é tão triste,
Se em mim, um profundo amor existe
Por me fazer à tristeza esquecer?
O que me importa se no peito existe a dor
Se ao meu coração, te morro de amor,
A me levar a sonhar, a sonhar com você?
Ah, meu amor, de mim, a alegria em viver
Sob as noites deste longo caminho
Mesmo assim, tão aflito, triste e sozinho
É a esperança que eu tenho no coração,
Que esta solidão, haverá por o tempo morrer!
Haverá por morrer no teu colo um dia
Mesmo que te seja a uma imensa agonia
Lendo às escuras num livro de amor
Estas linhas que me ponho a escrever:
Que a dor neste mundo me foi ao esplendor
E que a minha felicidade, foi amar você!

(Poeta- Dolandmay)

quarta-feira, 26 de maio de 2010


O AMOR QUE SE FOI

Onde estão aqueles dias teus
Que também foram os meus
Tão imensos, com tanta alegria,
Que nos foram de amor
De tanto calor, dias de cor,
E de tanta luz, como os da lua,
Que nos puseram no coração a magia
Carregada de encantos,
Que nos puseram os cantos
Do infinito azul, pra cantar
Sobre o imenso mar, a navegar
Contando as estrelas do céu...
Ah, os dias de paixão, onde estão
Aqueles que eram sem ilusão pra viver,
Onde está a esperança,
Oh meu amor, onde está você?

(Poeta- Dolandmay)

sexta-feira, 21 de maio de 2010


INCONDICIONAL

Os dias que me passam
Não são os dias de ti,
Mas os dias que te passam
São os dias de mim...
Por que amor,
Por que fui te amar tanto assim?
Se os teus dias de sol
Não são como os das estrelas,
Se a lua que te clareia
Não me é de a mesma luz!

Eu não sei te esquecer
E nem mais consigo entender
O que tanto me conduz
Até você,
Tendo apenas o meu pensamento
Neste espaço de saudade...
Por que amor,
Por que tenho que sofrer tanto
Na canção que eu te canto
Dentro do meu coração
Com tamanha intensidade?

Deixo-te os meus dias
A te lembrar das alegrias
De quando os teus dias
Oh, meu amor,
Em mim eram em igualdade!

(Poeta Dolandmay)

A BOÊMIA

As noites são de desejos, ardentes...
As madrugadas: rochas de amor.
E o teu corpo indecifrável e quente,
É como um vulcão em esplendor!

Do mel de sua boca sou dependente,
É o meu vinho – cálice de condor.
E o teu beijo insano e consistente,
É como um tufão, em intenso furor...

Anseio os teus dias de sol, a arder...
Nas claridades benéficas de seu luzir,
Nos teus íntimos vadios, me prender.

Trago no peito o pulsar d’um existir...
Em magnitude plena a enlouquecer,
Por mais um teu sonhar, eu exprimir!

(Poeta- Dolandmay)

terça-feira, 18 de maio de 2010


DO OUTRO LADO

Sou de seus murmúrios a laguna,
A febre estampada em seu rosto.
Não quero de ti coisa alguma
Que não seja de seus lábios o gosto.

Sou de sua face bendita e quente
A lágrima santa a escorrer
Sobre a tua alma branca eloquente
Que em nada se deixa esconder.

Sou de ti quem tanto floresce
O amor estampado em seu coração.
Sou o sentimento que não te padece,
Quem não te deixa perder a razão.

Sou de o teu sentir o desejo,
O tremor estampado em sua pele nua.
Em espírito a sentir o seu beijo
Sou quem te vaga, sob a luz da lua.

(Poeta- Dolandmay)

sábado, 15 de maio de 2010


ALMA - PERFEITA

Se eu pudesse ser...
Cada sentir de teus desejos,
O calor que sai de teus beijos,
A emoção que te faz viver!...

Se eu pudesse ser...
O pulsar de seu coração,
O teu sangue quente, em expansão...
Que a si se faz exceder!...

Se eu pudesse ser...
A tua magia e o teu encanto,
A paixão, que em ti és tanto,
O afeto, que não te faz perecer!...

Se eu pudesse ser...
Só em ti, a tua alma pura,
Tão meiga, Oh bela criatura,
Por Amor, jamais iria sofrer!...

(Poeta- Dolandmay)

sábado, 8 de maio de 2010


DESEJO DE UM POETA

Ah! Os meus amores,
Quão lindos são os meus amores,
Fontes da minha paixão
São os meus amores!...

Quando eu ainda era ninguém
Dentre o meu jardim de flores,
Foram quais me fizeram alguém.
Ah! Os meus amores,
Tão cheios de amor também!...

São todas as minhas cores,
Minhas sombras ao calor do dia.
Ah! Os meus amores,
São de toda a minha alegria!...

Quando estou às trevas do mundo
Tão mortiço de coração,
Num triste sentimento profundo...
São os meus amores
Que me enchem de razão!...

Quando eu me for desta terra
Em espírito, corpo-celeste,
Onde em alma aqui se encerra,
Será para os meus amores
Que doarei o meu coração!...

E quando os encontrar novamente
Aos pés de Deus, ao infinito...
Aos meus amores será meu grito,
Por juntos de mim, eternamente!...

(Poeta Dolandmay)


sexta-feira, 7 de maio de 2010


CHEIA DE PROSA

O tempo me fez prisioneiro
Ao teu imenso jardim,
Lá vem ela com duas flores no seio
Toda louca, rosa carmim.

(Poeta- Dolandmay)

ROSAS EM BOTÃO

E lá vem ela
Toda em botão,
Vem encantar
Meu coração...

Bem sabe ela
Que vai nascer
Pra reencontrar
O meu viver...

E lá vem ela
Como uma rosa,
A minha amada
Toda manhosa...

Cheia de prosa
No seu cantar,
Tão desejosa
Vem me amar...

E lá vem ela
Com seu desejo
Toda animada
Por dar um beijo...

Vêm me dizendo
Coisas de amor,
Vem conquistando
Porque é flor...

Ah, coitadinha,
Vêm sós por mim,
Vem tão fresquinha
No meu jardim...

Bem sabe ela
Quem receber
De o teu aroma
Vai renascer...

E lá vem ela,
A outra amada,
A de redoma
Aprisionada...

Vai, me conduz,
Primeira amada,
Que vou ser luz
Ou vou ser nada!

(Poeta- Dolandmay)

sábado, 1 de maio de 2010


VAIDADE

Como posso dizer-te dos desejos,
Se em mim são loucos também!
Como posso falar-te dos ensejos,
Se me são iguais os que você tem?!

Anseios! Que nos faz enlouquecer,
Perder a razão, completamente!
Demências! Que nos faz sofrer,
Se não às tivermos dentre a gente!

Loucuras! Que dizer-te não podia,
Já que me são também em euforia...
Dentro d’alma, é dor e sofrimento!

Mas, falar-te de amor ao coração,
Talvez eu possa, dizer-te de paixão,
Já que me é igual por sentimento!

(Poeta Dolandmay)

COBIÇA

Foi naquela noite de lua branca
Que tu me vieste, toda infanta.
Foi naquela noite que o meu coração
Sob a imensa luz da paixão
Pulsava louco e disparado
Sem se sequer ter um cuidado
Nas ânsias todas do desejo,
E que tão demente por um beijo
Ansiou o mel da sua boca.

E foi naquela noite de amor
Que tu me vieste, ao esplendor,
A conquistar-me, toda louca!

(Poeta- Dolandmay)