quarta-feira, 27 de abril de 2011


Depois que tudo acabar

Sei lá, talvez, tudo o que eu disser seja verdade
ou apenas seja o meu grito de saudade,
não sei, possa ser o meu amor que te perdeu.

Sei lá, talvez, um dia eu volte a dizer que a amo,
pois, agora, é de mim mesmo que reclamo
por perder ao tempo tudo o que não me deu.

Quantos amores, quantos desejos perdidos...
Quanta vida em chama erguida deixei apagar a luz.
Agora, são apenas palavras que me conduz,
e quem sabe, talvez, quando despercebido
for este sentimento eu a volte a falar de amor.

Eu sei que aos seus olhos me brilha o luar,
mas agora, o que me devora é o que não faz te amar,
sei lá, talvez, um dia eu esqueça essa dor.

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 25 de abril de 2011


DA CLARIDADE DELA

Pregado a luz dos teus olhos, meu amor,
Só sei-te enxergar em mim, toda nua...
Qual breve é a terra em clarão à lua,
Só sei-te enxergar mesmo em leve fulgor.

Talvez reflexo à minha mente esplendor
Ou talvez razão que em mim perpetua...
Mas glória, mulher, em qualquer rua
Só sei-te enxergar ao meu caule em flor.

Distante do mundo sem qualquer ilusão
Em meio às estrelas só sei-te enxergar,
Mesmo que sejas, amor, de mim solidão...

Neste astro bendito eu nasci pra te amar
Na dor e na noite, pois, à devassidão...
Da luz dos teus olhos hás de a lua brilhar!

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 14 de abril de 2011


ANTES DO SOL SE PÔR

Hoje, eu venho aqui por lhe dizer
O que sente o meu coração,
Mas amor, não tentes entender
A minha louca e vultosa paixão...

“Assim como é o sol o seu clarão,
Assim como é a lua o seu luzir,
Tu és o meu amor em existir,
Tu és o meu amor à devassidão...

Pregado à cruz do meu caminho,
Tu és a minha plena felicidade...
E como é o lírio entre os espinhos,

Tu és em mim, à densa claridade...
E dentre as trevas é o meu ninho,
Assim como é dos céus a eternidade.”

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 5 de abril de 2011


CEGO OS OLHOS

Não me há visão, nem mesmo esplendor
D’outra vida que me fora em saudade
Ou ternuras d’uma outra mocidade
Que me faça de ti esquecer, meu amor!

Não me há paixão, e nem mesmo fulgor
Que brilhe aos meus olhos verdade
Ou que me percas de ti lealdade
Dentre o coração que te choras, em dor...

Quantas noites, amor, vaguei em ilusão
Para nos sonhos eu poder te encontrar,
Mesmo que os sonhos me fossem em vão!

E será para sempre!... Para sempre será
Por o teu amor a minha imensa paixão,
Mesmo que os meus olhos possam cegar!

(Poeta Dolandmay)