terça-feira, 29 de outubro de 2013


Incógnita

Porque te disse: amor! Contudo, demente
Por teus beijos de fogo, alucinado...
E nem ainda a senti a boca; simplesmente
Por teu corpo de ouro – fonte de pecado!

Porque te disse ainda: ventura tanta!
E nem o teu calor senti tão perto...
Por tua voz que aos meus ouvidos canta,
E que’u nem sei donde vem ao certo!

Eu só quero o teu amor, desconhecido...
Eu só quero a tua paixão, seu amor perdido
Que canta aos meus ouvidos teus desejos...

Eu só quero m’enroscar na tu’alma louca...
Ao meu vigor intenso, dar-te a boca
O que de amor fosse a ti, primeiros beijos...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013


Bela, venha-me...

Que a senti tão perto em dizer: amor.
Rasgando-te os vossos medos torturados...
Sentindo-a sem distância; amados
Ao mesmo peito a sentir a mesma dor...

Voltou lágrimas: olhos de êxtase-primor
À tua face, que moldar os pecados...
Aos teus lábios que de favo adoçados
Vencem amargos em beijar de esplendor...

Docas negras, que foram forjadas paixão...
Perduradas aos desejos esquecidos,
Ressurgindo às velas mortas do engano...

Que a senti, de ventura infinita ao coração...
De afeto em não se pôr em sóis perdidos,
À mesma cor e mesmo dom: amor-insano.

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013


Dois passarinhos

Quanto tempo está por vir
Quanto tempo em poisar aqui
Você chegou, me despertou
A viver, cantar, feliz assim...

Canto ao mundo, canta a vida
Canto a flor e canta a lida
Sem se ver em despedida
Nosso profundo amor sem fim...

Que nunca deixe de chegar
Que não termine o seu caminho
De amor e de me amar
De tão calor ao nosso ninho...

Que sem ser dor vamos viver
Sorrir, chorar, enternecer
De norte a sul dois passarinhos...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013


Aos teus enredos

Moça,
Mais doce que a tua beleza
Que o teu amor, que a tua expressão
Ao pulsar intenso do teu coração
Que os teus gestos de ternura e charme
Não hei de encontrar...

Moça,
Mais imensos que os teus sorrisos
Que o teu fulgor, que o teu encanto
Aos acalantos da tua paixão
Que o teu corpo altivo de prazer e desejo
Não hão de brilhar...

Moça,
Mais intensa que a melodia
Dos meus cânticos aos teus dias de alegria
Da tua esperança, da tua paz
Ao meu querer de te amar muito mais
Não haverão de cantar...

Moça,
Mais que você nem as flores
Nem mesmo aos perfumes dos teus amores
Mais que você não há...

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


Segredos de amor - III

Veja, amor, claramente e sem medo
O tão lindo sentimento que nos mantêm,
Veja as rosas belas, cá também,
No tão belo jardim o nosso segredo.

Assim que cantamos o dia em ledo;
De tão sorrisos às flores que nos contêm,
Quais tantos outros desejos; quem
As terão de odor se as tiver de enredo...

Dia ordeiro, sem quer tristeza, e tanto
Amar... viver; num formoso canto
É tudo o que mais temos de esplendor...

E não há mais grandeza que se aventura
Com tão mais paixão que se perdura
Qual no desvendar tão fácil o nosso amor...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013


Depois de tanto

Amor que tanto eu procurei
E que a tantos outros eu errei
Brilhou entre a gente
Num só tremor cheio em paixão
Amor que tanto foi em vão
Nos veio assim tão de repente...

Que seja infindo em tão fulgor
Que não se vá, possa ficar sem dor
Ah, tão lindo é esse amor
Que veio enfim nos encontrar...

Com tão desejo e tão encanto
Olha só, depois de tanto
Moça, a nossa paz p’ra amar...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Amor ficto

Ela de insânia desejada a complementa
ao prazer já tão intenso de consumo
sussurrando gritos moucos e sustenta
a solver seu corpo ardente de afumo...

Que ao querer de sentir leve eu a plumo
delírios mais ousados que inventa
e nas entranhas quentes que insumo
ponho-a em paixão à boca já atenta...

E sustento ardência forte e tão ousada
no gozar à pele intensa desejada
rompendo-me os indultos magoados...

Que ao seu corpo infame e já tão louco
inflamado em desatino a baldo rouco
ponho-nos a sonhar e dormir já desejados...

(Poeta Dolandmay)

sábado, 5 de outubro de 2013


Tão mais amor

Para com isso, vem cá me amar
Deixa pra lá a solidão
É mais gostoso sorrir que chorar...

Vem, meu amor, vem pra cá
Tudo aqui é tão mais completo
Tão mais repleto de paz...

Olha lá o luar, olha lá as estrelas
Tão mais bonito vê-las
Tão mais amor, tão mais amor...

Vem cá pulsar o seu coração
Para com isso, não seja vão
É mais gostoso amar que sentir dor...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013


Te amo

Quando te enxerguei eu percebi o que é sentir
Quando você me olhou com os teus olhos de amor
O meu coração de tremor pulsou
E de alegria se viu na constância do sentimento...

Por vez eu fui o teu momento, complexo
Fui o teu nexo e o teu desejo louco
Mas ao teu corpo você não me compreendeu...

Você poderá até se enganar por alguém
E alguém poderá até se enganar por você
Mas, um dia, eu sei que
Você me verá na verdade e eu continuarei
A te dizer e a te ver na verdade...

Na tua insana e louca paixão eu me enxerguei
Induzido pela eternidade do tempo
E na magia da tua idolatria eu me indaguei...

Agora, eu só aguardo o meu intento se cumprir
Agora, eu só aguardo em você a minha paz
O dia em que ao teu coração eu serei de sorrir
Porque mais que amar, eu já te amo demais!

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013


Deixa agora

Nada foi pra valer
Tudo ausente ao seu querer
Em nada me enxergou
Olha agora como estou
Sem segredo, solidão...

Por que você não evitou
Por que voltou só pra apagar
Olha agora a escuridão
Não quer viver, não quer pulsar
Sem amor, coração...

Descompassado eu já estava
Sem sol e sem luar
Nem cantar eu mais cantava
Brilhou teus olhos, acendeu
Nova luz você e eu
Voltou a ser, ilusão...

Novamente foi embora
Sem sentimentos, deixa agora
Se voltar pode deixar
Serei você no peito meu
Quem sabe igual você e eu
Nosso amor, seja paixão...

(Poeta Dolandmay)