sábado, 20 de outubro de 2012



Aromática

Tentação: teu corpo firme à pele cheirosa
Que estonteia meu coração pulsado...
Da sua entranha o meu gozo amado,
Ao seu tremor que se esfinge em rosa!

Assim que ouço de o seu verso a prosa,
Assim que canto o meu amor-pecado...
Aos teus gemidos, — som maculado,
Quê aos meus ais te encanta, oh, formosa!

E deita o meu peito ao teu peito humano:
— Um sentir desfolhante à sua paixão,
Cumprindo o descrente do meu engano;

Que te ouço em pulsar na imensidão,
Ao teu corpo-desejo, o meu amor-profano,
— Que nada é distinto e que nada é vão...

(Poeta Dolandmay)

domingo, 7 de outubro de 2012



Ela se chama “Esplendor”

Foi naquela noite tão bela e de luar
Que desprovido nas horas me pus...
Que saudosa ela veio me encontrar
Tão sensual, tremulenta, flor-de-luz.

Enigmáticos aromas ela despojava
Aos ares finos e cheios de fulgor...
Que teu olhar penetrante enfeitiçava
Os meus sentidos ao teu vivo amor.

Que notados são teus desejos loucos!
Que exaltar meus olhares poucos,
Ela se impôs a minha paixão notar...

Que aos íntimos fora a noite realeza!
Minha rainha, meu amor, minha alteza,
Que é de mim tremor, é sangue, é ar...

(Poeta Dolandmay)