sábado, 29 de janeiro de 2011


Transparência sensual

Simplesmente,
O teu corpo me fascina:
Não há outra verdade
Que possa ser, Cravina.

Não há dizer que te ama
Se que de amor não vive,
Pois o que se reclama
É apenas paixão que tive.

Tuas insanas vontades
Que ao ar livre murmura
São de mim saudades,
À tua boca doce e pura.

Unicamente complexo:
Sou um sentir subumano;
De orgias sou teu nexo,
E de amor nada reclamo.

Cobiço-te o mel dourado,
Que aos lábios me encerra
Ao êxtase definhado
De desejos que pudera.

Tão frágil e delicada
É de beleza que te chamo,
Pois que é minha amada,
À pele rubra que eu amo!

(Poeta Dolandmay
)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011


DAMA DAS ROSAS

Por ser docemente bela, única e quente,
És a Musa que inspira o meu querer...
A amo assim, tão simplesmente
Por me fazer em paixão enlouquecer...

Às altas chamas, ao clamor independente,
Sim, eu a amo, em desvarios de prazer,
Que trago ao coração, unicamente
Por completar às insanas o meu viver...

Pois eu a amo, minha bela, meu sorrir,
Minha virgem, meu engano, meu amor...
Sim, eu a amo sem ao menos te sentir!

Tão somente, pois, és tão rara criatura,
Um amor de versejar e de se impor...
Às vozes belas, Dama das rosas e ternura!

(Poeta Dolandmay)


MENINA CELESTE

Eu só penso em ti, e no teu amor...
Eu só penso... na tua Paixão!
Nos teus beijos doces e no teu calor
Eu só penso... no teu coração.

É só a tua alma que me tira a solidão
Só o teu corpo que me faz delirar...
Vagueia a minha alma em ilusão...
Muda e eloquente, fica a pensar...

Ferve o meu corpo em puro desejo
Pelas tuas carícias... tantas que são;
Insanas, ardentes, com mel no beijo,
Em êxtase profundo, é feito vulcão!

Eu amo a tua vida, florida e pura!
De meiguice extrema, de tanto fulgor;
Tu, Celeste, tão bela criatura...
Que és do céu a mais linda flor!

Bem que eu venha um dia te ter!
Límpida alma que me faz voar...
Tu, que és ilusória do bem querer
E a menina que me faz sonhar...

Hoje que tenho de tudo um pouco,
Falta-me na vida um pranto sem dor.
Chorar por paixão, feito um louco...
Falta-me na vida, Celeste, o teu amor!

(Poeta Dolandmay)

“In poemas completos”

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


Cabe-me o perfeito

Nada do que me és, tu compreendes mulher!
És de mim uma força ligada a um destino,
Que me invocas, e que me guias a um desatino,
Que nem mesmo o amor há de compreender!

Nada do que me disser, em mim, hás de ser...
Acerca as auras do teu sentimento peregrino,
Uma paixão, um querer, não um cálice divino,
Que em minh’alma exibe a vontade em viver!

Pois, que trago no peito um sentido quente...
E nada o que sinto, em mim, é tão breve
Como em teu coração, que é pulsar de repente.

E, assim mesmo, mulher, eu a amo demais...
Mesmo que em ti, o meu sentimento despreze,
Nada a compreendes eu te amar muito mais!

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


DESCASOS D'UM PASSADO...

Ela foi embora, tão triste ela se foi...
Coração marcado, em sua agonia
Por o imenso furor daquele dia
Em que tudo desabou entre nós dois.

Ela foi embora, tão triste ela se foi...
E, apenas, me restou a fantasia
Daqueles intensos momentos de alegria,
Neste infeliz silêncio do depois...

Mas um dia, eu hei de encontrá-la...
Para que novamente eu possa amá-la
Como nunca amei antes...

E que, a saudade que dela eu sentir...
Possa vir, dentro de mim, existir
O amor, em meio aos séculos distantes!

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


Dos canteiros de bálsamo

Ela veio, a minha amada bela
Dizendo-me tuas palavras doces,
Espargindo de mim as noites,
Com a tua voz meiga e singela...

Veio ela, de alfobres que são dela,
Em teus esplendores afoites
Dizendo-me teus insanos aloites...
Ela veio em canção de aquarela.

A minha amada bela, num todo,
É unicamente quem enxerta
O meu coração quente e louco...

É ela, quem tem a porta aberta
Ao meu afeto assim afoito...
O meu amor, somente ela desperta!

(Poeta Dolandmay)