sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Desnuda ao meu íntimo
(A Donzela d’ Meolá)

Desalmada em auge elegante e sorrindo,
Já me eras tu tão doce e tão bela;
Que as cantigas, em teus sons, ouvindo,
Eis d’eu vagar-te já por longa fusela...

Inda é deslumbrante, asseado e infindo,
Os teus rosais de cheiro em procela;
Que aos ventos em minh’alma, seguindo,
Eis o meu imo a pulsar-te a lapela...

Coração, que, desdenhado e tristonho
Pulsou... antes, de sonhar-te em meu amor
O que és de esperança em meu sonho...

E seguindo, Donzela, os teus caminhos,
Os teus raios em fusão de esplendor,
Hás d’eu cantar-te em mim teus carinhos...

(Poeta Dolandmay)

Amor em vão

Você se foi e me deixou aqui
Se cansou do nosso amor, que banal
Ao seu peito já não era igual
Ao meu mesmo jeito de sentir...

Na vida já não sei, no meu coração
Se outro amor de verdade assim
Qual o seu amor a brilhar em mim
Me verei amar em outra paixão...

No dia eu já não vejo o sol nascer
Nem por fim o luar me envolver
Na noite a sofrer o teu amor em vão...

Pois que você se foi e me deixou aqui
Assim sem você e saiu por aí
Sem que eu pudesse te encontrar
Em qualquer rua em qualquer lugar...

Na vida já não sei, no meu coração
Se outro amor de verdade assim
Qual o seu amor a brilhar em mim
Me verei amar em outra paixão...

No dia eu já não vejo o sol nascer
Nem por fim o luar me envolver
Na noite a sofrer o teu amor em vão...

Pois que você se foi e me deixou aqui
Assim sem você e saiu por aí
Sem que eu pudesse te encontrar
Em qualquer rua em qualquer lugar...

(Poeta Dolandmay)


“In Letras de Músicas”

sábado, 18 de fevereiro de 2012


Meu amor em você

Eu sei que tão feliz eu era, agora eu sei
Por a última noite em que eu te amei
Naquela intensa paixão em tão forte furor
Sem que fosse de dor no meu coração...

Quando teu olhar me olhou de repente
Me veio a falar que o amor entre a gente
Tinha por findar e por nada acabou
Sem que fosse de dor te findou a paixão...

Por que acabou esse amor que me tinha?
Se nada compete a tu’alma a minha,
Se nada a reflete o sol às estrelas
Qual a lua que brilha meu amor em você...

Agora o que eu faço pra poder esquecer
Tudo o que me era de amor simplesmente
Se tão descontente só vivo a chorar
O amor que acabou por mim acabou...

Por que acabou esse amor que me tinha?
Se nada compete a tu’alma a minha,
Se nada a reflete o sol às estrelas
Qual a lua que brilha meu amor em você...

Agora o que eu faço pra poder esquecer
Tudo o que me era de amor simplesmente
Se tão descontente só vivo a chorar
O amor que acabou por mim acabou... (2x)

(Poeta Dolandmay)


“In Letras de Músicas”

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


Sem ósculo

Disse-me tanto, e tudo, e de amor,
Disse-me de saudade, orgia e desejo.
Mas, contudo, na verdade, o beijo
Nunca me deste à face — o esplendor;

Aquele que é santo, paixão e fulgor,
Nunca me veio a‘brasar no ensejo,
Na procura discreta e no almejo,
— Sem que me fosse a primeiro furor...

Distante eu jamais fui, nem a saltar,
De carinhos... E, ainda sofre sozinho
O meu órgão em agonia de pulsar...

Mas vejo que em breve, de desalinho,
O meu ermo, cansado, possa estar
No beijar d’um outro melhor-carinho.

(Poeta Dolandmay)


“In relações”

A dançarina

Diste de mim, de tudo, e por graça,
Sem saber que sofrer fosse tanto...
Diste de mim, que eu era a desgraça,
Que não lhe dava o sol de acalanto...

Diste de mim, que o tempo lhe passa,
Sem paixão, sem desejo, e, portanto,
Não querias um altivo, como traça,
Nos teus dias de tão melhor encanto...

Assim, fiquei pelas ruas, aos versos,
A gritar por todo canto: onde está,
Aquela que me era de amor o sucesso.

Até que leio, numa tenda de orgias:
Vem... E todos vêm, há de apresentar,
Aquela que se dança o corpo anistia...

(Poeta Dolandmay)


“In indultos”

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


No amor o sorrir é eterno

No dia em que ao mundo eu te encontrei
O meu corpo se exaltou entre os amores
E bálsamos infinitos se espalharam entre os ventos,
O meu amor por você se espalhou...
Os céus se tornaram mais claros e os mares mais azuis...

No dia em que ao mundo eu sorri pro amor
As flores brotaram aos jardins e o luar brilhou...
No dia em que ao mundo o meu coração
Pulsou sem que fosse de ausência e medo
O meu corpo se entregou junto ao seu
E a paixão me sorriu ao tempo infinito da vida...

Na vida nós amamos pouco
Na vida nós sorrimos pouco
No amor o pouco é tudo
No amor o sorrir é eterno...

No dia em que ao mundo eu sorri em você
Descobri que sem o amor de verdade,
Sem o prazer de amar, tão insensato se torna o mundo,
Tão distante se torna qualquer sonho...

Nada se perde ao tempo quando ama
Tudo se torna doce, tudo se torna feliz e para sempre...
E com você tudo em mim é amar e sorrir,
Tudo em mim é vontade de amar para sempre...

Na vida nós amamos pouco
Na vida nós sorrimos pouco
No amor o pouco é tudo
No amor o sorrir é eterno...

Nada se perde ao tempo quando ama
Tudo se torna doce, tudo se torna feliz e para sempre...
E com você tudo em mim é amar e sorrir,
Tudo em mim é vontade de amar para sempre...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


O amor é teu perfume
(A deusa das flores)

Sinto a beleza da fragrância eterna...
Das afeições, de santidades, de sonhos e flores;
Rosa de outono, das estações de amores,
Que por todos os ciclos se faz moderna...

Sinto a beleza da vida de esperança. Terna,
Tens o aroma que ilumina... Esfinge as dores;
Borboleta que nutre, de céus esplendores,
Que edifica, faz de existência tu’alma externa...

E nada a faz sentir de orgulho à beleza
Da primavera, de seus encantos, de seus florais,
De seu coração de ouro, do seu canto e leveza,

Que purifica, que a ergue em enorme lume,
Na magnitude de suas ternuras, e por teus anais...
— Ó deusa das flores, — “o amor é teu perfume”!

(Poeta Dolandmay)


“Dedicado a Débora Neves”

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


De desejos nos faz o Amor
(O encanto d’ Ela)

Tu és quem ao meu peito expõe delícias,
Quem das ternuras me faz fervor...
Quem acende o meu corpo ao esplendor;
A de fulgor extremo, e de malícias...

Aquela quem do entardecer me arredias,
Quem me esquece ao mundo o pecador;
A de paixão intensa e de amor
Sem tormentos, sem solidão, e fantasias...

A que meu corpo firme não roga em vão;
A que me cantiga p’ra enternecer
Os meus dias de glórias na imensidão...

Tu és quem ao tempo faz o amor vencer;
A que me faz pulsar o triste coração,
És quem dos céus brilha o sol-amanhecer...

(Poeta Dolandmay)