quarta-feira, 27 de junho de 2012



O chegando d’Cíntia

De tempos, eu a esperava... E quando
Chegou, de canções inda fora de esperar...
Que, de amor, disse-me chegando:
“Versa-me fulgor, versa-me eternizar...”

Se que vives de paixão, sonhando
Às nuvens, em qual astro queres edificar?
A perguntei! E disse-me cantando:
“De bálsamos insanos e de luz de luar...”

E o sol queimava sem doer! Enfeitiçado
Ao seu corpo delirando, e na sua pele nua,
O vento rompia os montes. E despojado

Perguntei: de qual estrela fosse esplendor?
E disse-me sorrindo: “A Lua, — a Lua!”
Que dos meus insanos versos, ela eternizou...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 19 de junho de 2012



O nome dela é Paixão

Tão deslumbrante, minha rainha, meu amor.
Pele de seda, cheirosas curvas, quente...
Com teu brasar de atração e de furor
Esquece-me o mundo ao teu beijo eloquente!

Tanto aos deuses eu a roguei... Tão dependente,
Aos meus insanos carinhos de primor...
Que me destes aos teus íntimos, simplesmente,
Como profana de ternuras e de esplendor!

Visão sem olhos, à alma louca fosse outrora...
Pois minha prenda, minha pomba, tu és agora
O meu conforto ao deserto frio de ansiedade...

Como as rosas, eterna tu me seja a deslumbrar...
Pois que o meu corpo tu já fazes exaltar
Desde o princípio em que te vejo à insanidade...

(Poeta Dolandmay)