sábado, 24 de abril de 2010


NOS SENTIDOS DELA

Entrastes nos meus sentidos, amor
Quando plena viestes de coração!...
Abolindo da minh’alma tão forte dor,
Que estava a rogar por tua paixão!

Buscá-la-á, assim, no meu esplendor
A minha abrasiva e acentuada razão,
Desabafando, do teu peito, o langor
Que te cobres sob as mantas da solidão!

Não há, amor, num outro sentimento
Desejos que sinto, por todo o momento,
Que me faça viver tão louco assim!

Eu quero dizer-te que sou em ti eleito!
Abrandar-te-á o meu coração desfeito
Quando vierdes, tão louca, sobre mim!...

(Poeta Dolandmay)

Nos sentimentos teus

Eu não quero apenas
O sangue quente
Que corre em suas veias...

Quero também ser dependente
Dos carinhos que te guarda
Da sua alma apaixonada
Do seu olhar de mulher
Que enfeitas quando quer
Com um sorriso sedutor.

Eu não quero apenas
O sentir da tua paixão
E nem somente o seu calor,
Quero também seu coração
Eu quero todo o seu Amor!

(Poeta- Dolandmay)

sexta-feira, 16 de abril de 2010


AMOR FINAL

Quanto tempo, Amor, quanto tempo...
Eu já estou a viver tão distante de ti.
Traz-me a esperança, Amor, traz.
Já não me existe tanto amor por aqui.

Eu já estou a sofrer por demais...
A sofrer, por estes dias banais,
Sem o teu amor ao lado de mim.

Traz-me a esperança, Amor, traz.
Já não mais suporto sofrer tanto assim.

Irei dizer ao mundo do meu sentimento,
Mas todos já sabem que te amo demais.
Então, eu vou dizer também do lamento,
Que foi por te amar a estes dias iguais...

Veja Amor, que não te peço lealdade,
Eu apenas te peço na verdade
Que não mais me faça por ti implorar.

Traz-me a esperança, Amor, traz.
Que neste mundo só vivi por te amar...

Quem sabe assim eu consiga a paz
Neste meu coração que já chega ao final.
Quem sabe eu volte a viver o normal
Amor de mim, por morrer nunca mais...

(Poeta- Dolandmay)

terça-feira, 13 de abril de 2010


TEMPO PERDIDO

Eu não queria que o dia de hoje estivesse nascido
Assim, talvez, eu não a tivesse perdido,
Pelo tempo que a tenho esperado na minha vida.

Se talvez eu fosse do teu sonho eternamente,
Se talvez eu a pudesse encontrar de repente
Nas linhas que te descrevo, nesta chama erguida,
O tempo não se diria inimigo da paixão.

Mas diz o Poeta que p’ra amar tem que sofrer,
Tem que se deixar que o tempo nos faça esquecer
As feridas que os desejos nos fazem ao coração.

Amar não é simplesmente sentir um calor
Não é como existir num jardim enfeitado de rosas
É também passar por as mágoas dolorosas
E loucamente as devolver enfeitadas de Amor.

Assim quero te dizer, ó meu Amor, nesta hora:
Que tenho no meu peito um coração que te devora
E que igual sente as agonias, da tua mesma dor.

(Poeta- Dolandmay)

FACEIRA - BEIJO DO AMOR.

Eu amo teus beijos, tão quentes
Que loucamente me excitam...
São profundos, são ardentes,
Que outras paixões não explicam...

Tantas bocas que já beijei...
Quantos lábios me passaram,
Mas as chamas me falharam,
Pois pelos teus me apaixonei...

És teu, o beijo mais perfeito,
Tu que queima, tu que inflamas,
Tu que me deixa satisfeito...
Com teus beijos que são chamas...

Tantos beijos que já provei...
Da mais bela a tão doce flor,
Porém, em todas elas me enganei,
Porque és teu, o beijo do amor.

(Poeta- Dolandmay)
DESEJOS RAROS

Por sonhar-te, nos teus dias belos, querida
Ando assim, tão ansioso, por teu querer!...
Quanto amor, quanto desejo há no teu ser,
Quanta cobiça louca de paixão incandescida!

Jamais vi um amor assim numa outra vida:...
Orgias escondidas, desejos raros de prazer,
E nos afetos ocultos sob o além d’um viver
O vil despertar duma ambição tão perdida!

Eu quero me embriagar no teu amor tanto...
E sobre os teus anseios sair do meu acalanto,
Da dor que me fere, sob iguais cobiças tuas!

Sonhar-te-ei, por os teus rastros encontrar...
Mesmo que me seja abstruso poder te amar,
Quero gritar-te em versos loucos, pelas ruas!

(Poeta- Dolandmay)

domingo, 11 de abril de 2010


Se tudo não fosse sonho

Se tudo pudesse ser
Do jeito que é agora,
Do jeito em que me devora
Com tanta ânsia assim...

Se tudo fosse a você
O amor louco que me têm,
O amor que te contêm
Dentro d’alma pra mim...

Seria infinita a paixão,
Seria sem saudade ou ilusão
A forma louca d’eu te amar.

(Se tudo não fosse sonho)
O amor que te disponho,
Eu não mais queria acordar.

(Poeta- Dolandmay)

A chegada

"Aparecem as flores na terra"
E a vinde em flor, imaculada.
Ao fim a ânsia da espera,
É a chegada de minha Amada.

Hei-lá aí, vem, ó meu Amor
Já escuto o teu falar,
São meus os teus afetos
Que tanto tenho a esperar.

Agradável é a tua face.
Tu és a luz dos meus caminhos
"E no oculto das ladeiras
Tu és o lírio entre os espinhos."

Venha-me sob a luz da lua
Na sua densa claridade,
"E pelas fendas das penhas
Como um luzir de felicidade."

Tu és como o próprio Sol
No seu clarão em esplendor.
Tu és a Vida de minha Vida
E para sempre o meu Amor.

(Poeta Dolandmay)



Nas formas de ti

Espera-me, ó meu Amor, que vou voltar!
Não vês como anda apagada esta paixão?
Tão cansado já está, o meu coração...
Vou ao além de mim p’ra te encontrar!

Espera-me, ó meu Amor, que vou buscar
A chama deste amor, que não foi em vão!
Mas que nos teus braços foi furação,
A estranha forma d’eu querer te amar!...

Não se tem como apagar uma velha chama,
Pode se abrandar quando é um que ama,
Mas nada pode extinguir o teu esplendor!...

Os teus sentimentos são finos e delicados,
São de afetos divinos, não de pecados...
Aos céus eu irei buscar o teu mesmo Amor!

(Poeta- Dolandmay)