sábado, 16 de maio de 2015


Verso oculto


Que humana, então, fosses de amor?
Adverso à tua paz e à tua glória
Vem-me teus sorrisos a memória,
Vem-me tua saudade à minha dor!

Que de imenso fosse seu esplendor
Aos meus versos plenos de história,
Que de paixão imensa e notória
Fosse-me a mais imensa de ardor!

Então, contudo, compulsiva e triste
Fosse a mim o que de hoje existe
Nesse meu honrado coração perdido!

Que desejo, então, fosses de arder?
Que de palavras se põe a perder,
Amor, dentre um verso nunca lido!...

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015


Sem razão


Então, já depois de tanto
Chora saudade esse amor da gente
Que ansioso ainda busca
Nos encontrar...

Já cantamos canções
Displicentes
E os corações ainda se ofuscam
Sem liberdade
P’ra o nosso amor cantar...

Estranha essa nossa forma
De nos sentir tão perto
Se longe nos sentimos
Com tanta dor
Buscando o sorrir ingênuo do amor
Com tanto amor...

Derramamos lágrimas tão ocultas
Por tanto fizemos planos
Paixões já nos foram muitas
Mas, desencontrado
Nosso amor num sentir tão longe
Ainda se esconde, lado a lado...

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015


Moça-flor


O que faz de ti tão belo sonho, moça?
Aromas são teus! Eu te componho
Paixão, e aos desejos me ponho
Eloquente por teus delírios, ouça:

Quem é tão mais ardente assim? Distorça
Seu corpo quente e não tristonho
Às minhas noites... e sonho
Cheirando os teus cabelos, me pousa

Teus martírios sensuais, simplesmente
Teu odor afinado; gozando
Aos teus gritos na minha mente!

O que faz de ti, moça, se exaltando?
Versos são teus! Dependente,
Compondo às rosas eu vou te amando...

(Poeta Dolandmay)

Por um beijo


Dizer-te? O que me caberia dizer
O que tanto sinto no meu peito
Se me és da vida, o amor eleito
Sem que sintas n’alma o meu querer?

Dizer-te, sempre me foi de enlouquecer
Nesse caminho sem que perfeito
Tenhas pulsado, e nada feito
A esse coração, que é por ti, viver...

Dizer-te, sempre me foi tanta virtude,
Tanta paixão, tantos desejos
Por teu amor louco em plenitude!

Dizer-te, amor, que será um tanto
Quando me der à boca os teus beijos
E fazer de mim um só espanto!...

(Poeta Dolandmay)