domingo, 11 de dezembro de 2016


Canção falsa


Por que você não vê
O grande amor que te sinto?
A esse sentir infinito
Tudo me eleva a você...

Mas se transforma em paz
Quando não penso em nada,
E na minh’alma desfaz
Esse sofrer que me amarga...

Por que você não sonhava
Com o meu amor ao dormir?
Tudo em mim já maltrata
Desde que a foi de partir...

Agora em meus braços
Só carrego os meus sonhos...
Que tanto me foi de cansaços
Esse amor que a disponho...

Por que me vem despertar
Essa paixão que é dor?
Se não me quer contemplar
O seu coração, meu amor?!

(Dolandmay Walter)

segunda-feira, 28 de novembro de 2016


Amor notado


Depois de tanto amor, com tão constância,
Sem mais esquecimento, sem mais provar,
Você vem até mim sem quer distância,
— Eloquente aos teus prazeres por me notar...

Depois de tantas saudades, de relutância,
Com tão mais sentimentos a me enlevar
Você vem até mim em elegância
De o meu coração, por te ver, pulsar...

Tantos desejos, tanta paixão, tantas orgias
Sou aos teus olhos, sou aos teus dias,
Mas nunca tive de você o que têm de mim...

Depois de tantos anseios, de tanto querer,
Tanto mais amor, sinto em você, —
Endoidecida a me enxergar, sem ter mais fim...

(Dolandmay Walter)

domingo, 20 de novembro de 2016


Amor escondido


Quando preso eu estou junto aos medos
Confuso, perdido
Você decifra os meus segredos
No pulsar de volta o meu coração...

Quando eu estou à luz do teu olhar
Em meio aos teus sorrisos me faz provar
Que o amor não é feito de ilusão...

Meu amor, tudo é lindo em você
Seja em tudo o que for
Eu não sei seguir sem o seu amor
Eu não sei viver...

No caminhar desta vida eu prometo
Quando de volta aos teus braços eu estar
Meu amor, eu te prometo
Quando deixar em mim de ser segredo
Os nossos desejos, a nossa paixão
E deles eu puder deixar os nossos medos
No amor de volta, eu e você
Tudo em mim será a viver, sem solidão...

(Dolandmay Walter)

terça-feira, 15 de novembro de 2016


Sem ter você


No infinito mundo em que eu vivo
Sem ter ao meu amor o teu amar
De esse profundo sentir eu sou perdido
Nem mais na noite eu sei sonhar...

De tudo o meu coração já tão ferido
Não faz dormir sem te lembrar
Nem qualquer instante corrompido
Faz me querer se não ser você voltar...

Das promessas já sou dependente
Por tão pedir que esse amor da gente
Volte a ser em nós tanta paixão...

Nada é mais para mim nesse mundo
Do que este sentir já tão profundo
Sem ter você, oh, meu amor, sou solidão!

(Dolandmay Walter)

Eu sou solidão


Eu não sei te esquecer
Tudo o que eu passo faz lembrar você
Ninguém eu jamais amei...

Eu sou solidão.

Eu quero novamente te encontrar
Eu quero novamente te amar
Não apenas lembrar
A minha vida não tem mais razão
Se não for junto a sua...

Eu sou solidão.

Não irei dormir para sonhar sem você
Eu vou te esperar voltar
Para nunca mais te perder...

Vai amor,
Confia em mim novamente
Que eu te prometo:
Nunca mais esse amor
Vai sair da gente...

Para mim sem você nesse mundo
Nada mais é tão profundo...

Eu sou solidão.

Não irei dormir para sonhar sem você
Eu vou te esperar voltar
Para nunca mais te perder...

(Dolandmay Walter)

Amor de mim


Dá-me a tua mão dentre os teus sorrisos
Sem que seja displicente,
Sem que seja de amor de repente...
Dá-me a tua alma como o meu abrigo,
Seja em mim o luar mais cheio
Dentre o poema que te vivo e leio...
Dá-me a tua paixão mais louca
Para o meu beijo apaixonado em sua boca,
Dá-me os teus cansaços
Que eu te darei os meus braços
Para que sejam de mim os teus sonhos
Dentre às letras que te componho,
Para que seja de mim o teu encantar...

Dá-me os teus medos e o teu coração
Sem que seja independente e vão,
Para que seja de mim a tua vida, som e ar.

(Dolandmay Walter)

sábado, 12 de novembro de 2016


Meu desejo


Ah, se tudo fosse como o seu esplendor...
Se o seu brilho intenso fosse escolhido
Para a minha alma de desejo escondido,
Para o meu coração tão cheio de amor...

Ah, se tudo em mim fosse ao seu primor...
Se o seu livro eterno nunca fosse perdido
Da minha alma, o seu poema mais lido
Seria deitado ao meu tão nobre langor!...

Mas tão intensa não é toda louca paixão!
Escolhe o riso mais displicente e vão,
A face rústica, sem quer saciar um beijo...

Nada é como a minha loucura dependente,
De olhos fechados, no beijar da gente...
Ah, se tudo fosse como é a ti meu desejo...

(Dolandmay Walter)

terça-feira, 8 de novembro de 2016


A exaltada


Formosa! Que não me existe nada igual!
O seu coração pulsa mais que pulsar...
E nada mais me põe a amar
Aos seus desejos e ao seu corpo escultural...

É assim a minha virgem, fenomenal!
Visão sem olhos qual a minha paixão a brotar
Aos seus sentimentos, sem o mesmo ar,
Sem o mesmo amor ao meu beijar fatal...

Ela! Que aos meus sonhos se entrega
Sem a sua sensatez, e ao seu rumor me prega
À cruz dos seus sacrifícios, sem quer sofrer,

Qual a minha solidão, dentre a sua graça,
Que aos meus anseios vem e passa
Sem quer enxergar à sua vida, o meu viver...

(Dolandmay Walter)

quarta-feira, 2 de novembro de 2016


Poet


Perfeitinha é a minha amada,
Seu sorriso, esplendor...
— Qu’ela é sem o meu amor
Uma essência edificada.

E a sua alma imaculada,
A qual não sente dor,
Tão perfeita ao meu fulgor,
É qual a lua, desejada.

“Vai lua, e diga a ela,
Que mais nua do que ti,
É a alma dela.”

Que imperfeito o meu coração
Mais c’o dela não sorri...
Já que sou sem ela, solidão!

(Dolandmay Walter)

domingo, 30 de outubro de 2016


Amor sozinho


Eu não estou aqui p’ra que me fale de amor,
Eu estou aqui p’ra que você entenda
Que nada me faz tanto, que nada me inventa
Sem os teus sentimentos...

Por tudo eu quero te dizer
Que’u não sei caminhar sem te notar,
Sem me envolver,
É por você tudo o que canto...

Eu não estou aqui p’ra que me fale de paixão,
Eu estou aqui tão só por meu desejo
A me enlouquecer sem quer te dar um beijo,
Sem que me entenda uma razão...

(Dolandmay Walter)

domingo, 16 de outubro de 2016


Soneto de sempre


Vai, mas antes, dê-me um beijo, meu amor,
P’ra que’u não esqueça do seu rosto
Mesmo que me seja a tanta dor,
Lembrarei por todo sempre do seu gosto...

Por tanto o nosso amor fora composto
Aos jardins, imenso feito flor
Tanto fora de amplidão e esplendor,
Sem mágoas, sem mistério, sem desgosto.

Não entendo te acabar tão cedo assim
Esse tão forte sentimento, dentro de mim
Não haverá d’outro ardor o mesmo ar...

Vai, mas antes, dê-me um beijo, oh, querida,
Que um amor forte assim em sua vida
Não haverá quando velhinha de lembrar...

(Dolandmay Walter)

Mentiras


Não precisa dizer que ama
Seu olhar já não engana
Nem mesmo os seus sorrisos
Ao seu rosto meigo e lindo
Faz mentir o seu amor.

Não precisa esconder paixão
Neste peito grandioso
Que ao seu corpo tão gostoso
Não domina o coração.

Dos encantos, que você é flor
Das bocas, dos seus beijos
Nas verdades e desejos
Não faz mentir o seu amor.

(Dolandmay Walter)

sexta-feira, 14 de outubro de 2016


Para sempre...


Em mim, não há amor maior que o seu!
Que, portanto, o que eu sinto vou cantando
Nas promessas que te vou debulhando
Aos desencantos do que nunca me viveu...

Em mim, tudo o que se passa vou amando
Sem engano ao teu querer, que se ergueu
Dentre o meu peito, que antes, ao teu
Nada era de amor, nada era me encantando.

Pecados maiores eu não haverei de amar,
Pois, contudo, orgias que em mim vive,
Encontra-se no que em ti se põe a edenizar.

Amor maior que o meu não haverás de viver,
Pois, de mim, há em ti o que nunca tive;
Não há amor no mundo que nos possa ser!...

(Dolandmay Walter)