quarta-feira, 31 de julho de 2013


Amor de nós dois

Que ao te encontrar seja assim
Que seja amor pra você e pra mim
Que por fim nessa estrada
Seja eu teu amor e você minha amada
A cantar, a chorar e sorrir
E no sofrer do amar e viver
Que nos seja um prazer de existir...

Que ao te amar você possa querer
Que eu volte a encontrar você
E que este amor que insiste
Seja entre nós um amor de verdade
E que de imensa saudade
Possa chorar sem ser triste...

E no lembrar do depois
No passar desta vida
Que a melhor coisa cumprida
Seja o amor de nós dois...

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 29 de julho de 2013


A minha virgem

Ela me olhava... tão insana me olhava
Com os teus olhos negros enfeitiçados...
Em prazer ensandecido navegava
Ao meu corpo teus desejos maculados...

Ela me olhava... e tão demente cobiçava
Os meus sentimentos endoidados...
Em paixão constante sussurrava
Aos meus ouvidos teus dizeres segredados...

Tão louca, embevecida, minha virgem,
Minha pomba, minha deusa da vertigem,
É dos meus olhos teu real engano...

Que inculta à insanidade ela me via...
Ao meu olhar, que de ambição ensandecia
Sem eu mesmo a ver de corpo humano...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 26 de julho de 2013



Amor sem dor

Todo o desejo que existe em mim,
Toda a paixão que em ti levanta,
É por tua graça que não vejo o fim
Deste anseio que se ergue e canta...

Por teu amor é que tanto venero...
Por tu’alma que o verso encanto...
E de cada instante o fulgor esmero
A cada canção que te vivo e canto...

Pois se és de mim por tanto querer,
Ao espanto é grandioso amor,
De corpo insano mais que prazer...

Tenho-te intenso o coração humano
Por todo amor a doer sem dor,
E deste amor meu eterno engano...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 23 de julho de 2013



Por querer-te, amor...

Por querer-te doidamente nesta vida,
Por nascer neste mundo esquecido,
Vagueia minh’alma ensandecida
Ao ser-te o meu coração desprovido...

Falo-te por minha boca despercebida
Do meu amor ao teu peito sentido...
E secam rosas na noite caída
Por ser-me aos teus sonhos perdido...

Qual constância por ti é mais louca
Que este querer, que a voz desta boca
Ao te clamar num sentir profundo?...

Por este louco querer-te em que ando
Anseio estrelas ao espaço vagando
Sem notar-me outro amor neste mundo...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 19 de julho de 2013



Eterno amor

Tanto eu procurei amar assim...
E você chegou pra mim
Como alguém que também procurava um amor,
Um amor sem dor...

Você chegou como uma flor de primavera
Renascendo como o sol no clarear do dia...

Agora,
Olha só como eu estou,
Feito um jardim cheio de paixão...
E você, ao mesmo amor
No seu coração...

Agora,
Vamos amar, amar para sempre
Sem que volte a solidão em nós...
Vamos ficar sem dor, sem dor de amor,
Vamos amar simplesmente...

Porque amar
É renascer a cada dia,
É completar a vida de felicidade...
Porque amar
É viver à luz do dia,
É viver além da eternidade...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 16 de julho de 2013



Mesmo amor

O que de mim você não tem?
O que de mim te falta amar?
Se em você não sou meu bem
Uma luz pra encantar...

Se em você eu sou sofrer
É alegria em meu viver
Por teu amor me vir provar...

Se nada te faz doer
Por que critica a minha dor?
Se em nada te faz sentir
No que vem do meu sorrir
Pra alegrar o nosso amor...

O que de mim você não tem?
O que de mim te falta amar?
Se em você não sou meu bem
Uma luz pra encantar...

De beleza você é de mim
No que tem ao meu sofrer...
Você tem um amor assim
Que por você me faz querer...

Quando diz nada me tem
Na verdade eu sou meu bem
Sua alegria pra viver...

(Dolandmay Walter)

segunda-feira, 15 de julho de 2013



Soneto da razão

Nesta vida de pressentimento altivo,
Elevado e ardente como a chama,
Que aos desejos incendeia e ama,
É por teu prazer que o amor cativo...

E neste sentimento insano, explosivo,
Que de ardor te deseja insana,
Endoidecida, a minha voz que clama,
É por tua espera que sonho e vivo...

Que bem, de paixão tanta, fosse à lua...
Mas, amor, que vivo pr’alma tua,
Que é de mim toda razão nesta vida!...

E, por antes, que não fosse à loucura...
Pois, que te vivo a desventura...
Mas, seja o amor como for, é a lida!

(Poeta Dolandmay)

Amor-fátuo
(A donzela dos sapatos)

Por te amar tão mais... que se exceder
De infinita loucura, eu te proclamo...
E por mais que amar seja sofrer,
Com tão mais constância eu te amo!

Te amo ao tamanho de enlouquecer!
Te amo aos sonhos, na voz que clamo...
Nas noites frias que se põem perder...
Nas ilusões, que ao sussurrar te chamo...

Te amo às trevas, sem mesmo sorrir...
Te amo ao sol, à lua, ao teu elixir,
Aos desejos insanos de intensa virtude...

Te amo ao fogo de tão alto esplendor,
Desalentado, na solidão, te amo na dor,
Por te amar com tão mais plenitude...

(Poeta Dolandmay)


Amor comprometido

Se em você é dor,
Por que querer, amor?
Não me faça culpado por esse sentimento,
Não vai se prender...
Já me é culpa... já me é sofrer!

Ao te conhecer
Eu queria te fazer sorrir...
Não te fazer chorar
Por um amor que não poderá amar...

Vai, pode deixar...
Não me faça culpado em você...

Vai, pode ir...
O meu peito já está acostumado a sofrer!

Quero ser uma melodia
Sem melancolia de amor...
Ser de canções aos seus ouvidos...
Ser os teus sorrisos
Quando a você eu vier cantar...

Ao te conhecer
Eu queria te fazer sorrir...
Não te fazer chorar
Por um amor que não poderá amar...

Vai, pode ir...
O meu peito já está acostumado a sofrer!

Vai, pode deixar...
Eu vou sorrir
Na minha tristeza eu vou sorrir você!

(Poeta Dolandmay)


Na medida certa

Saber da tua intimidade, ansiando-te
Como queres... desnuda, eloquente
Ao tremor da tua pele debulhando
O perfume do teu corpo esquecido,
Que antes, de ilusões, perdido
Era-te sem medida exata de ardor...

Pois, exatamente de igual saudade,
Tu és de profunda vaidade,
Ao meu, no teu insano e real amor...

(Poeta Dolandmay)


Ao seu olhar

Eu não te olhei nos olhos
quando era pra olhar...
Quando os teus olhos
me apontavam sorrisos...
Nos momentos
em que o teu coração
te pulsava em delírios
por me ver passar...

Eu não te olhei no momento
em que os meus passos
eram falsos no desalento
de te enxergar...
Em que os teus desejos perdidos
vagavam sem hora e feridos
por me encontrar...

...em qualquer tempo,
ou lugar...

Num transbordar inventivo
do qual hoje não vivo
no fascínio de amar,
eu não te olhei no amor
quando era pra olhar...

Hoje sinto as ternuras
que te deixei sair...
Por buscar outra caricia,
a deparar outro sorrir...

No pulsar da paixão
em cobiça a te encontrar,
é que hoje embriagado
eu vagueio na esperança
de me ver passar...

...em qualquer tempo,
ou lugar...

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 8 de julho de 2013



Soneto do beijo

Te sinto e te quero... te desejo e te adivinho...
Que de primor eu te venero
Nas entranhas do teu corpo, no teu ninho,
Na paixão que faz o fogo, te exagero

Mesmo sem fervor, sem ar, ao desalinho,
Sem fato desmedido, ao teu esmero;
No beber ao teu corpo o vinho,
Te desejo e te adivinho... te sinto e te quero

De prazer abusado, no cobiçar e tanto,
De orgia ao teu íntimo, de espanto
Nas chamas do seu querer ao meu pecado,

Que de paixão tanta, de amor intenso te desejo,
Te venero, te adivinho, ao louco beijo
Que te sinto e te quero mais que endoidado...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Prazer efêmero



Prazer efêmero

Está-se, à fortuna louca, querida!
Por qual sentimento espera, composto
Tanto mais em desejo, endoidecida,
Por fazer-te o coração disposto?

És de entusiasmo ao meu peito, é a lida,
A paixão eloquente, é o gosto
Que me leva aos delírios, noutra vida,
O despertar não me põe o proposto...

Tua pele, teus lábios, teu corpo quente,
De tua boca beijar, sou dependente,
Do seu amor em fêmur sou a verdade!

Que bem me fosse de ti loucura tanta!
O prazer, de mim, qual te levanta,
Não estaria a perguntar quem é saudade!

(Poeta Dolandmay)

Melodia infanta



Melodia infanta

Donde está ela
que de amor era tanto?
Donde anda
com teus passos
de passarela
a encantar os meus olhos
quando debruçado
na janela eu ficava
por ver o teu encanto?...

Donde anda a menina
dos olhos de esmeralda
com sorrisos de almofada
e docas a face
espelhando a Cinderela
aos contos de enlace
com o seu corpo de encanto
desalmado de amor?

Tanto disse ela:
“estar comigo eu a você.”
Mas não sei aonde anda
com teus passos
nem onde começa
os teus laços
no laçar aos meus
vou sem saber...

Donde anda esta menina
de esplendor?
Vou procurando sem saber
onde estou,
onde começo nem ao certo
onde vou...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O encanto d’Ela



O encanto d’Ela

Depois, que ao amor, amo você,
Minha tristeza se vai de mim...
Mas quando o amor nos chega ao fim
Na solidão volto a sofrer...

Em melancolia, tristeza tanta...
Não me há beleza, não me há estrelas;
O amor em mim só se levanta
Quando ao seu amor estou de vê-las...

Não há por quem esse sentimento
Qual de você eu sinto tanto,
Nem paixão, nem movimento

Com tão amor, com tão espanto
Qual de você num só momento
Hão de fazer em mim, sofrer-de-encanto.

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Moça bonita



Moça bonita

Ao meu amor ela foi sincera, ela
Dos olhares puros, travessos,
Que de brasar furor; aos avessos
O meu coração de tremor é dela!

Foi desejo em simples começo,
Que de insanos, foi singela
Ao meu amor versar: Donzela,
Que antes, e tanto, estremeço...

Em cobiças a sinto, se exceder
Sem inverdades, ao seu olhar,
Que eu a amo em compreender...

Por teus anseios, em querer amar,
Moça bonita, de paixão prender
Que tão almejo teu amor provar...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Singular



Singular

Por um amor qual nem de sentir eu sinto,
Somente haverá do teu querer amar,
Ao meu velho corpo, por ti encontrar
O que nunca se perdeu, mas sempre extinto.

Por um amor que ao meu peito jaz sucinto,
Deste medo em explosão, o singular;
Que por ti em paixão, somente o querer provar,
É de amor comigo, que por amar não minto...

Amor que ao tempo teu desejo implora,
Que retalhado em canções, te leva enternecer;
É de eterno a alma, e por sonhar que canto...

Amor, eis do meu amor o que é por ti viver,
Que simplesmente, ao teu peito espanto;
Que por ti que dorme e te sonhar que chora...

(Poeta Dolandmay)