sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Desnuda ao meu íntimo
(A Donzela d’ Meolá)

Desalmada em auge elegante e sorrindo,
Já me eras tu tão doce e tão bela;
Que as cantigas, em teus sons, ouvindo,
Eis d’eu vagar-te já por longa fusela...

Inda é deslumbrante, asseado e infindo,
Os teus rosais de cheiro em procela;
Que aos ventos em minh’alma, seguindo,
Eis o meu imo a pulsar-te a lapela...

Coração, que, desdenhado e tristonho
Pulsou... antes, de sonhar-te em meu amor
O que és de esperança em meu sonho...

E seguindo, Donzela, os teus caminhos,
Os teus raios em fusão de esplendor,
Hás d’eu cantar-te em mim teus carinhos...

(Poeta Dolandmay)

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