sábado, 17 de dezembro de 2011


Na paixão do desejo

Tão distante a humano, torturado
Nas indecências da paixão, profano!
E meu amor de apego fino e sagrado
Se desventura em aceitável engano.

Meu coração já que de tanto amado,
Pulsa elevado às tentações, soberano!
E meu desejo de tremor abalado,
Em teus afetos se desventura insano.

Pois desta paixão eu já amar me vejo
Em tentações de calor e desejo,
E já não anseio d’outro amor provar!

E se distante de humano eu torturo,
É que aos céus inverdades não juro
Para em desventura o amor enganar!

(Poeta Dolandmay)

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