quinta-feira, 28 de outubro de 2010


SONETO DO AMOR INFINITO

Eu te amo como o céu ama as estrelas!
Eu te amo como a lua ama as paixões...
Te amo como o clarão de todas elas
Ama... amor, por palpitar os corações...

Eu te amo como a noite ama as trevas!
Eu te amo como o calor dos turbilhões...
Te amo como o fulgor que são das eras
Desde o princípio de todas as gerações...

Por teu amor ao céu elevo minhas mãos
A te livrar de toda a inveja dos pagãos
Quando vir, versar a ti, todo o meu grito...

Por teu amor é unicamente que escrevo...
Tanto te amo, que a ti, somente devo
Dizer, amor, que eu te amo pro infinito!

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 26 de outubro de 2010


DO MEU AMOR...

Diga-me! Apenas as palavras raras,
Não te enfeite a boca de espinhos...
Oh, diga-me! Apenas as palavras claras,
Quais as do cântico dos passarinhos!

Diga-me! No amor que te há no peito,
Há paixão, versos que é deleite! O gozo,
É de o seu delírio, e de nós, é feito
D’um delicado e intenso ato amoroso!

Diga-me! Que de orgulhos a alma canta,
E do distinto e nobre amor se levanta
Sob as sombras que te hás pelo caminho...

Amo-te! Meu amor, como eu te amo!
Diga que te é o meu amor soberano,
E que meu colo para sempre é teu ninho!

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


DESALMADA

Passou por mim uma menina
Que me fez tão louco ficar,
Menina de voz peregrina
Que ao seu encanto faz elevar...

Tão linda, quente e animada
Era a sua face e expressão,
Menina louca e desalmada
Que me fez demente em ilusão.

Passou por mim toda prosa
Menina rosa em botão,
Com sua voz meiga e dengosa
Me fazendo arder em paixão.

Tão Infâmia, e desejosa passou
Mirando em mim o seu olhar...
Me sorriu, mas não parou,
Quase dizendo vem me amar.

Como uma miragem de desejo
Passou aos ventos de tufão...
De sua boca eu quero um beijo,
Menina, de seu corpo o coração.

E, quando aqui voltar passar
Que você possa parar em mim,
A me fazer eterno queimar
No seu amor quente e sem fim...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


SONETO DA COBIÇA

Pois, nem quando a noite cai
Faz se apagar a beleza de seu olhar.
Nem as vozes que te detrai
Tiram-me a vontade louca de te amar.

Pois, na desordem se contrai
O nosso aberto amor a se encontrar.
É sangue que nas veias vem e vai
Que não se pode da mente apagar...

Apagar em nós todas as loucuras
Por o desejo de nossas almas puras,
Nem por as entranhas aquecer...

Pois, nos amamos quais dois ateus,
Sem nos esquecer das leis de Deus
Por o nosso intenso amor enternecer.

(Poeta Dolandmay)

NA TUA COBIÇA

Ah, o intenso amor que você tem
Se ele fosse por mim também
Quão perfeito seria...
Não existiria a dor, e o desamor
Em nós, seria apenas poesia.
Eu andei por tantos caminhos
Busquei novos rumos, outros sabores...
Mas em desalinhos
Me fiz apenas me perder.
Se em você eu pudesse acender
A chama que queima os amores
Eu não mais seria um alguém
A procurar por um destino
Que a vida, oh, meu bem, não me reservou.
O meu amor errou a estrada
Que eu tinha pra seguir...
Agora, eu só procuro uma nova alvorada
Pra me luzir uma outra jornada
Onde a minha alma possa ir.
Ah, e se nela eu pudesse te encontrar
Se você também nesta hora
Estivesse a jogar tudo fora
Procurando outro alguém pra amar...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 5 de outubro de 2010



Porque não há ninguém igual

Eu só queria dizer para o mundo
Que o meu intenso amor, terno e profundo
É por a beleza de sua alvorada...

Eu só queria dizer que o meu sentimento,
A todo o tempo e a todo o momento
Só em você fantasia o luar
Que o engano me fez esquecer... ao nada!

Dizer que os meus olhos insistem em ver
Somente a alegria que vem de você...
Pois que nada vejo e que nada sinto
Se não o desejo de amar,
Desejo que só têm a te enxergar, meu bem!

Mas será que vão me compreender?
O meu coração apenas quer lhe dizer:
Se não qual a você não amarei mais ninguém!

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


CANÇÃO DA ESPERA

Nas formas dos meus sentidos
D’onde vêm a minha essência,
Baila os teus cabelos compridos
Sem forma e nem aparência.

No infinito onde te guardo,
A rogar por teu amor eterno
Carrego as costas o meu fardo
A não descumprir o amar sincero.

Como os ventos você me passa
Sem me enxergar aqui na terra,
E como se eu fosse uma farsa
Bem lá ao sul você se encerra.

Nesses ventos em contra mão
Estão os meus olhos a cegar,
E dentre o meu corpo o coração
Só te guarda à hora de chegar.

E como a esperança é sem fim,
Eu vou ti esperar por todo o tempo...
Que você se esbarre sobre mim
Dentre os séculos em movimento.

(Poeta Dolandmay)