quinta-feira, 1 de novembro de 2012



Verba insana

Oh, minha pomba bela e de peito rubro,
A quem de feitiços me vestiu em brasa,
Quem meu coração em seu pulsar abraça!
— Que ardo, em chama alta, deslumbro...

Quem ao luar de paixão me ferve! —Tanto
Quanto ao sol de amor me queima...
Quem simplesmente a profanar me teima,
Leve, insana... Oh, flor do meu encanto,

Ninguém haverá de o seu lugar encher!
Oh, minha gazela de infinito amor,
Por ninguém haverá de o meu peito arder!

Vagueias... Livre aos céus, oh, alma escrava,
Que imponente perpetua o teu vil condor,
A versar o teu sangue feito um rio de lava...

(Poeta Dolandmay)

Um comentário:

  1. Que soneto tão emotivo e tão sensível! Adorei.
    Um beijinho da
    Lou
    PS - Já sou seguidora e convido-o a reciprocar

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