sábado, 23 de janeiro de 2010

Ambição!

Será que tu não vês? Olha-me, Amor;
Há quanto tempo só vivo por te amar!
Não deixas por os dias todos passados
Este meu louco sentimento acalentar.
Não deixa rude, Amor, o teu coração...
A minh’alma já é presa ao teu destino
Qual d’um ser amaldiçoado na solidão.
Tenho aforismo vago a viver nas trevas
Por fatalidades de torturas tediosas...
Tenho nas mantas negras destas eras
O corrimento das paixões desgostosas.
Deixa-me em meus sonhos abranger
Os sentidos do meu caminho em amor,
Não prendas teu olhar a face pura
Elevando os teus pensamentos na dor.
E entre toda esta tua vultosa candura
Não temas o destino aos olhos teus...
Olha-me: Sou o ser que te roga a vida
Sob os puros mandamentos de Deus!
Ainda que fosses louca e incandescida,
E tivesse em ti o tudo do meu querer
Apenas te daria a paixão do meu peito!
Assim, Amor, sejas com for o teu olhar
Não verás, em mim, o Amor-perfeito!

(Poeta- Dolandmay)

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