sábado, 17 de dezembro de 2011


Na paixão do desejo

Tão distante a humano, torturado
Nas indecências da paixão, profano!
E meu amor de apego fino e sagrado
Se desventura em aceitável engano.

Meu coração já que de tanto amado,
Pulsa elevado às tentações, soberano!
E meu desejo de tremor abalado,
Em teus afetos se desventura insano.

Pois desta paixão eu já amar me vejo
Em tentações de calor e desejo,
E já não anseio d’outro amor provar!

E se distante de humano eu torturo,
É que aos céus inverdades não juro
Para em desventura o amor enganar!

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


E disse Ela
(À cobiça)


Que, tua voz de estranhos conceitos
O meu corpo estremece de ouvir...
Que cânticos extremos d’o teu peito
Faz-me a êxtase o sentido explodir...

Fosses mais que de mim tão perfeito,
Fosses como um vulcão a se’lixir...
Dentre a mim não deixaste um direito
Que de enganos eu pudesse o sentir...

Que vozear d’um condor balbucia,
Que coração se’stalar... que de orgias
A minh’alma ao teu anseio apetece;

De paixão sem que de amor eu pensar,
De tormentos, que aos deuses rogar
O meu corpo ao teu desejo estremece!

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011


À Musa d’ Astros

Foste vida, e alegre, e imaculada,
Mulher de sonhos e de amor...
Eu, de tão intenso, um sonhador
Que aos céus a tinha desejada.

Olhos d’estrelas, voz acetinada...
O corpo, qual a lua, era um primor.
Eu, ao sol imenso e sem fulgor,
De humana a tinha deslumbrada.

E ainda como acaso, e nesta era
Teus sorrisos inda vejo exaurir,
Teus cânticos inda vejo a quimera;

Que, de sonhador, ainda a sonho
Ver-te, em mim insana existir
Aos versos loucos que componho...

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Na minha cobiça

Disse ela: “O amor que de saudade
No meu peito se põe a ferver,
Renasce em ardor, e de vaidade
Na qual esperei pra ti endoidecer!

E ressurge a chama da verdade
Que de paixão me põe a enlouquecer
Nesse caminho de insanidade
Que a tanto eu aguardo por você...

E brilha o sol, em mim já vejo o dia
Que nas noites eu em ardentia
Estarei em teus braços, meu bem!”

Pois que sabe ela, que de ardor
Eu me fervo, eu me queimo de amor
Feito ela de saudades, também!

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


O prazer e o Poeta

Amor que não ser real,
mas que de desejo,
da tu’alma alimenta.

Era uma vez:

Nem por insanidades
aliviarei em ti
as minhas ternuras.

Paixão que de prazer irreal,
mas que de orgias,
eloquentes olhos cegam.

Era uma vez:

Nem que se dos céus
não visse estrelas,
de insanidades fosse o sol.

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Minh’alcova de sonhos...


Minh’alcova de sonhos...
(À rosa vermelha)

Nas entranhas do teu corpo, quente e insano,
Perdurei os meus desejos, louco à fantasia...
Mesmo em mim, te sendo um vultoso engano,
Eu te contemplo em minh’alma a ardentia.

E tanto, como a lua de paixão é tão vultosa,
Faz de ti, aos meus pensamentos, enlouquecer.
D’alma atrevida eu te vejo como uma rosa,
E o meu sangue ao vermelho põe a ferver...

Dos teus lábios, eu imagino o mel dourado,
Mas que de instante um amargo se aventura;
De realidade quando o sol se abre, lado a lado,
Dos teus sonhos eu desperto, minha Ventura.

Assim, de tempo em tempo, pôde ofegante,
O teu solver, que de alegrias rompem o sorrir...
De amor, e de orgias, ao teu sugar infante;
Quando ao gozo extremo eu fantasio o teu florir.

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Por a luz dos teus sonhos...
(O acaso d’ Ela)


Às estrelas, falei de amor às estrelas,
Ao sol e a lua, de paixão e orgia,
Aos desejos intensos, que dia-a-dia,
Teus olhos d’astros entendi de vê-las...

Às vaidades, que por louca fantasia,
Aos teus sonhos, no íntimo prendê-las,
Por razões nunca compreendê-las;
Por distúrbios em tua luz ensandecia...

Supliquei os teus amores, que em vão,
Vagavam perdidos... Sem notar,
Em desalento o meu imenso coração.

E, aos meus versos d’ouro, a fiz brilhar...
Ó minha ventura, que desde então,
Aos esplendores te almejo encontrar...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Você é toda a minha luz

Quando nesse mundo eu não tiver
Mais a sua luz, meu amor, o teu viver,
Nada em mim poderá dizer
Que o sol nasce todas as manhãs,
Que a lua brilha na paixão
E que no meu coração o sangue faz pulsar
No seu todo e intenso esplendor...

Quando nas estrelas não luzir
O fulgor azul dos céus, é que o seu olhar
Dentre os astros fez se apagar
Todo o amor que entre nós foi de existir...

E nada mais, meu amor, nada mais
Me será de luar e até mesmo de sorrir...

Se que um dia isso puder acontecer
Nada mais de profundo que não de você
Eu poderei dizer de amar...

Hoje ainda há o sol sobre as montanhas,
E o meu todo amor por você
Somente haverá de se desfazer e apagar
Quando nesse mundo eu não tiver
O que em mim se faz dizer
Que só você, meu amor, há de existir...

E quando de você o fulgor azul dos céus
Dentre as estrelas não brilhar,
É que entre os astros fez se apagar
O amor que entre nós é de eu sentir...

E nada mais, meu amor, nada mais
Me será de luar e até mesmo de sorrir...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


E ela veio, e eu a amei!

Foi lá, d’outro lado do dia, que ela me amou...
Majestosa! – das videiras era o teu cheiro!
Que, à lua branca, me fez verdadeiro...
Foi por ela! – que fugidia entre as rosas soou,

A canção, que linda, as almas infindas cantou...
“E ela veio, e eu a amei!” como o primeiro
De seus indagados seres, e por inteiro,
– Foi a mim, que o seu coração ela entregou!

Extremo é o seu peito, de amor, endoidecida;
Da voz, – que por cantiga exuma o grito
De esplendor, que o corpo incendeia e treme;

Que perfuma qual folha verde e ensandecida;
D’astros, – por ela amante do infinito,
Que aos céus, o meu corpo incendeia e geme...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Na demência da paixão
(O brado d’ Ela)


Eis na imensidão do amor, tremente
A plenitude da voz, que petrificada
Ficaste em meu peito. E imaculada
Ressurge a nossa paixão eloquente...

Eis que se intui o algoz, e dependente
Ficaste a seu coração. Edenizada,
Rompe-se a canção, que crucificada
Se‘stende à boca de toda a gente...

Ouvido o sussurro dos céus, benditos,
Eis aos loucos sentimentos aflitos
Os ecos penitentes de todo o rumor...

E na vastidão de nossas vozes, frias,
Eis que ressurge o ardor, e as orgias
A nos incendiar novamente o amor!

(Poeta Dolandmay)

sábado, 29 de outubro de 2011


Antes seu adeus...
(A luz de bela)

Fizeste de mim tão cedo esplendor
Ainda nas ternuras do passado...
Quês ao luar, outrora, lado a lado,
Vivo e endoidecido te eras amor;

Oh, que de ti, em mim, era primor!
Mulher-encanto, sem quer brocado,
Que de meu coração condenado,
Eras-me tão quente e de alto fulgor...

Via-mês pela paixão eu não perecer
Nem que julgado fosse em vão,
E por nada apagar em seu infinito...

Mas por instante, num entardecer,
— Por fim seu luar na imensidão;
“Quês agora tu és todo o meu grito!”

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Idolatria

Quando o amor for algum sentimento,
Que for sem deficiência, mas de alegria;
Assim fora ao passado o nosso alento,
Assim fora êxtase a êxtase o nosso dia...

Quando a paixão for todo o momento,
Que de inconsistência abrasa em orgia;
Fora de chama ardente sem sofrimento,
Fora ao calor extremo nossa ardentia...

Pois nada se é de pulsar inconsistente:
O coração é de cor intensa e infinito,
A lua brilha densamente a cada espaço;

Bem como, afeto idolatra o de repente,
De olhares múltiplos se abre um grito;
Amaremos novamente em cada abraço!

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Amor de culpa...

Pois ninguém sabe de nossas dores,
De nosso coração e de seus temores...
Ninguém sabe do pranto de nosso amor...
De nosso amor que chora o esplendor,
Por verdades e por desejos...

Pois ninguém sabe de nossas ternuras,
De nossa paixão e das loucuras
Que ao corpo provocam nossos beijos...

Pois ninguém sabe do que somos feito,
De nossa alma e de nosso peito,
De nossa canção de aquarela...
Ninguém sabe do amor que somos dela
A julgar por defeito nosso agrado...

Pois ninguém sabe das virtudes e da razão
Que envolve o amor nosso coração
Para nos dizer que amar nos é pecado...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Por a luz dos teus olhos

Os meus olhos, não veem outro amor
Que ao meu peito faz endoidecer,
Qual o seu, o meu coração, ensurdecer
Em frêmito e descompassado furor...

Os meus olhos, à pranto de esplendor,
São vis, por saudades, não compreender
E ao longe de tua face, entristecer,
Os meus olhos são cegos e sem fulgor...

Não miram outros olhos se não o teus
De cor d’estrelas, benditos, abençoados,
Não miram outros olhos os olhos meus...

Porque a luz dos teus olhos é imensidão,
Do nosso amor eterno, e idolatrados
Os meus olhos não veem outro coração!

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


Aos Ciúmes d’ Ela

Saber dizer-te... ignorar, desprezando
os teus atos, ofusco, displicente
a zumbir os teus medos, e coerente
fazeis te ouvir às zombas revelando:

Por entre cabelos e rosas, cheirando
é cor múltipla, agrado pendente
que entre donzelas me és simplesmente
quem amo, em tua voz despojando...

Abrir aos céus meus cantos! A tua luz
é quem forjar o ouro, quem conduz
os meus sorrisos ao teu íntegro amor...

Que despeito sente, mesmo ensandecida,
nada a mirar por mim em outra vida;
porquanto me és de todo o esplendor!

(Poeta Dolandmay
)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011


A luz de Oiro

Quando a vi, tudo a despertou. O dia
que, aos teus sussurros de amor
sob os espíritos brancos que subia,
acordei de tua ausência e fulgente fulgor.

Era extinta, e já não breve... Primor
esplêndido que já não se via
em brocados curtos. Um anjo esplendor
que nítida aos meus olhos surgia...

Uma essência divina! Nobre, majestosa
que não se findais em ilusão
como as cantigas brandas odiosas.

Quando a vi, ó meu amor, e iluminada
na tua aparência e cintilante razão,
fez-se seu amor a minha luz edificada.

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


À flor de silêncio

Te amo como nunca amei antes
Outro alguém cá onde vivo...
Nos céus, as estrelas distantes
São quais ouvem o amor que digo!

Te amo qual a lua dos amantes...
Por paixões, nas noites que abrigo!
Nos sonhos que a faz brilhante,
Eis recordar nosso amor antigo...

Te amo à voz de tua boca santa,
Por tu’alma que me acalanta
À espera de nosso amor distinto...

Te amo sem que a mim escutas;
Aos cantos de as flores mudas,
Por te amar que amar não minto!

(Poeta Dolandmay)

sábado, 1 de outubro de 2011


Como todo dia de sol

Olho para todos os cantos...
E nada é tão triste,
Quais os dias que me existe
Sem ter o seu amor...

Apenas de um lado os ventos
Insistem em soprar...
De mim passam a desviar
Não levando a minha dor...

São tantas estrelas a brilhar
Nesse infinito sem fim...
São tantas noites de luar...
Mas nada clareia em mim.

Olho para o mar revolto
Em espumas enlouquecer,
Qual não é em minhas veias
O sangue a me aquecer...

Procuro os instantes loucos
Das noites em seu primor,
Que foram de mim aos poucos
Se distanciando de você...

Eu vou pedir a esperança
Como pede todos os sonhos,
Nos versos que eu componho
Eu vou pedir o teu viver...

Olho para todos os cantos...
E algum já vejo alegre,
Já me parece está tão breve
O teu novo existir...

Assim vou seguir cantando...
E de você eu vou aumentando
As esperanças de me vir...

São tantas estrelas a brilhar
Nesse infinito sem fim...
São tantas noites de luar...
E você, já brilha em mim!

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Ela foi um sonho!

Ela me mentiu, em passos leves de amor;
A verdade era uma lógica sem saída.
Era tanta paixão! — um desejo sem vida!
Que tanto atormentava o meu fulgor...

Tinha tanto brilho, mas uma luz sem cor;
Ofuscada em sentimentos, e comovida
Ela tinha tantos planos... sem que partida
Viesse sentir ao coração o meu primor!

“Prisioneira dos sonhos... não realizados!”
Tornando-nos espectros condenados,
De amores fúnebres a perecer na solidão...

— Ela se foi, como um conto de saudades!
E os teus anseios loucos de vaidades
Perderam-se nas falsas luzes da ilusão...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 27 de setembro de 2011


Nos teus sonhos

No escuro infindo da noite
Luzes azuis brilhavam;
Eram os olhos de meu amor,
Que as estrelas imitavam.

O vento murmurante e frio
Era um cantor descrente;
De cantigas esplêndidas
Mentindo o amor que sente.

Eu, aos teus sonhos loucos:
“Oh, lua, em o seu fulgor,
Tão casta como a tua luz,
Dá-me ela ao teu esplendor!”

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011


Às tuas vaidades

Um amor tão mais risonho, assim não vejo!
Quem o diria de felicidade não ter conta...
E nada é tão mais puro, que o desaponta
De tempo algum a lhe ofuscar o meu desejo.

Passam dias e passam noites ao teu beijo...
E nessa era um outro afeto ninguém aponta
Como preciosos risos, que a fizeste pronta
Totalmente a mim, amor, sem quer um pejo!

Ah! Que bem, tudo isso me fosse à verdade...
Que bem, oh, meu amor, sem vaidades
Me fosse esse impossível nunca a morrer...

Esse amor tão mais contente ainda é sonho!
Inda estão nos versos que eu te componho,
Em meio aos infinitos risos, p’ra em ti viver...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 6 de setembro de 2011


À prometida II

Dá-me, oh, mulher d’estrelas
As tuas promessas,
Os teus sorrisos de paixão;
Rumor de cantigas presas...

Meu coração, ora pulsante,
Ora frenético e triste;
É teu cais distraído
Nas vozes que a persiste...

Horas doces, horas loucas
Passam por mim em vão,
No sol que queima
O meu inerme coração...

Nas luzes de velas mortas
O teu crepitar imagino
Como fada entre os lírios
A prover o meu destino...

E vêm a mim os imunes,
— Sei lá se sentem dor,
Perguntam-me sorrindo:
Por que sonhas o esplendor?

Respondo em meio pranto:
Amor cá, é tudo em vão...
Não igual, qual dela eu vejo
Lá brilhar na imensidão...

Até as rosas de setembro
Já me perguntaram um dia:
Por que não vês a primavera,
Por que não te é idolatria?

Enquanto os mentirosos
Disfarçam-se em sorrir,
Eu adormeço em tua graça
Na espera de me vir...

Minhas flores são da noite
Onde pisa o meu sonho
Cheirando perfume de lírios
No luar que te componho...

Lindos são os teus olhos
D’estrelas que não mentem,
Enquanto astros choram
A mentir o amor que sentem!

(Poeta Dolandmay)

sábado, 3 de setembro de 2011


À prometida

Se te disser adeus, oh, mulher d’estrelas,
Com quais paixões eu viveria no olhar?
Viveria nas noites os sonhos de amar?
Os meus dias tristes já por longas fuselas?...

Pois que, já és de mim, as acesas velas...
E dentre o teu corpo de oiro a crepitar
Estão os nossos desejos de paixão e de luar
Que me jurou existir, em cantigas belas...

Já sou dos teus braços um amor antigo...
Uma promessa que s’estende comigo
A viver no pulsar infinito de seu coração!

Dizer-te adeus, já não posso, oh, amada,
Pois que dentro de mim, mesmo ofuscada,
Não me és em sonhos um amor em vão...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011


No provar do tempo

Ela veio me ver,
Tão bela ela veio...
Sorriso na face,
Olhos de estrelas...

Ela veio me ver,
Em meio os sonhos
Da voz que falasse
Em luas belas...

Ela veio me ver
Entre as montanhas
No sol de poente,
Ao mar de espumas...

Ela veio me ver,
Em pranto sem dor
À luz amarela,
Em cheiro de rosas...

Ela veio me ver,
Em noite de amor
Por onde esperavas
Séculos inteiros...

Ela veio me ver,
Em sonhos de prata,
Na espera de antes
Prover o depois...

Ela veio me ver,
No provar do tempo
Acordar sobre mim
O amor de nós dois...

Ela veio me ver,
Ela veio...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 16 de agosto de 2011


Basta apenas um pouco pra sorrir

No mundo em que eu pensei não ser mais feliz
Eu vi que ainda há muito amor para sorrir,
Eu vi que não sabia nada do que é amar
E que a felicidade está sempre a nos esperar,
Está sempre a nos esperar...

Eu vi que no mundo o tempo não se desfaz
E que sofremos por buscar demais
Sendo que tão pouco é preciso o amor,
Que não sabia nada do que é amar,
Que o coração é leve quando quer pulsar,
O coração é leve quando quer pulsar...

Na vida para conhecer a paz do que é viver
Não precisa muito para compreender
Que o tempo é curto e que a história acaba
No mundo em que eu pensei não ser mais feliz,
Em que eu pensei não ser mais feliz...

Eu vi que basta apenas um pouco de amor
Para olhar as estrelas em seu esplendor,
E para ver a lua em o seu fulgor
Basta apenas um pouco de paixão...

Eu busquei no mundo o amor que me sorria,
E eu vi que tudo o que sonhamos
É uma história simples de realidade,
Mas se nos amarmos é para a eternidade...
Basta apenas um pouco pra sorrir...

Eu vi que basta apenas buscar o que nos faz feliz
E o que nos faz feliz
Basta apenas um pouco pra sorrir...
Basta apenas um pouco pra sorrir...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011


Nada mais suplica

Nada do que lhe disser
será mais imenso
do que o amor
que por você se apossa
em meu coração...

Nada do que lhe sentir
será mais intenso
do que o sangue
que ao meu corpo redoma
por a tua paixão...

Nada do que lhe passar
será mais puro
do que o ar
que minh’alma respira
por o teu prazer...

Nada do que lhe pedir
será mais infinito
do que os dias
que ao tempo eu imploro
por ter você...

Nada... nada...

(Poeta Dolandmay)


sexta-feira, 5 de agosto de 2011


Faz quanto tempo...

Eu já não sei quanto tempo
se passou...
Quanto tempo, amor,
desde quando aos céus
me pintou as estrelas...

Eu não sei se nesse momento
os meus sentimentos
confessam na música que toca
a solidão em mim...

Eu não sei se ao coração
que me pulsa perdido
descompassado e ferido
ao som do vento que passa
ainda existe a paixão...

Eu não sei se a melodia
que ao nada recorda
a dor que ficou
em meu peito estampada
poderá recriar
uma nova alvorada
por meus olhos cansados...

Eu não sei se agora
poderei esquecer
que outrora o seu mundo distante
me roubou o tempo...

Eu já não sei quanto tempo
se passou...
Quanto tempo, amor,
que ao nada ou procuro
por você.

Eu não sei... Não sei...

(Poeta Dolandmay)

A fada dos lírios

Se por simples perversão ela errasse
Em algum lugar da nossa história...
Dos contos, me ficariam à memória
Apenas a expressão do que me falasse...

Se por simples estrelas me contasse,
Os meus agrados ficariam em sua glória
E as minhas palavras compulsórias
Em cada um dos gestos que ela amasse...

Hoje trago de tua face o esquecimento,
Do que me dissesse nos momentos,
De quando tudo nos foi feito de magia...

Se Deus a fez no mundo pra enternecer,
Foi para ao coração eu compreender
Como o tempo a nossa história contaria...

(Poeta Dolandmay)

A saudade d’ Ela

Eis o tempo que não há tempo...
Os dias que esperavas, amor!
Terás agora o conhecimento
Das horas perdidas em seu langor.

De almas passadas fez-se o vento...
Trazem em versos a minha dor...
Que hoje de mim é o alento
No agora que vive meu esplendor...

Mas tanto de brilho não vivo ainda
Por antes beijar-te a face linda,
Por antes amá-la aos meus delírios...

Foi-se de mim a própria saudade...
Por hoje nos contos de vaidade
Eis que a ressurge dentre os lírios.

(Poeta Dolandmay)

A musa dos sonhos

Ah, a tua paixão, imensa, cravina,
Desmesurada em prazer real,
Ardente assim eu nunca vi igual,
Puramente a lua, linda... divina.

E a minha loucura intensa e fina
No teu corpo quente, escultural,
Não há como ser em mim normal,
Ah, não me há quem a desatina...

Oh, bela, os teus desejos loucos,
Por mim, nem que fossem poucos,
Feliz ao mundo eu estaria a rir...

Se em meus olhos deixaste ilusão,
Não há quem não vê em ti paixão!
Que bem, o Poeta, tu fazes sorrir...

(Poeta Dolandmay)

Pra me fazer sorrir

Eu sei, amor, eu sei
Que nada me fará mudar o mundo,
Que nada me será tão mais profundo
Do que o meu amor por você...

Eu sei, amor, eu sei
Que viver assim não seguirei
Nas belas noites de luar,
Até mesmo eu sei que sem te amar
Não alimentarei meu coração...

Mas como viver só de ilusão
Sem que eu tenha a sua paixão
Pra me fazer sorrir...

Eu sei que pra poder eu existir
Nesse mundo sem você
Terei que deixar o amor partir,
O amor que me entrega à solidão...

E talvez eu distante de você
Poderá então você me ver,
E quem sabe assim eu saberei
Que te amar não foi em vão...

Eu sei, amor, eu sei
Que nada me fará mudar o mundo,
Que nada me será tão mais profundo
Do que o meu amor por você...

Mas como viver só de ilusão
Sem que eu tenha a sua paixão
Pra me fazer sorrir...

(Poeta Dolandmay)

A Ela

Talvez tudo me pudesse ser
Menos que fosse a mim amor;
Pois aos céus fosse esquecer
Nesse presente a minha dor...

Talvez eu amar jamais você
Poderia a esse meu fulgor;
Como mendigo em merecer
Cem mil estrelas ao esplendor...

Pois tanto que meus versos
São aos ares todos dispersos
Nem são ditos por ninguém...

E sem que amar me poderia
Mesmo que fosse à fantasia;
Que assim eu fosse de alguém.

(Poeta Dolandmay)

Dantes à vida...

Como o vinho que tu bebes,
Como a vida que te foi desejo,
Como o sol que me aqueces
Hoje lhe trago à boca o beijo.

O beijo da noite que desce
Sobre os teus olhos cansados,
Sobre os esquecidos pecados
Da tu’ alma que me padece...

Bebido ao gosto de tua boca,
Ao perfume que te põe louca
Sou teus sonhos ao infinito...

Hoje lhe trago lá do passado
Os teus lírios emaranhados
E o teu beijo aos céus pedido...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 21 de julho de 2011


Aspiração viva

Tu és dos meus dias o vento norte!
A tocar a minha pele em ar quente,
Beijando-me a face, insano, tão forte
Por deixar o meu sentir elouquente!

Tu és dos meus dias a brisa da sorte,
O findar do meu aspecto plangente...
Que, no avarento momento da morte,
Deu-me vida com um beijo ardente!

Morto por cansado num afeto triste,
Deste-me o beijo d’um amor que existe
Dentre as almas mortas esquecidas...

Que bem os desejos que sinto agora,
Sejam eternamente pela vida a fora
Os ventos a beijarem as faces perdidas!

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 13 de julho de 2011


Sem que eu tenha você

Nessa solidão,
Os dias se vão, são noites e noites sem luar,
E nada me move, e nada me faz completar
Sem que eu tenha você...

Nessa solidão,
Os dias se vão sem que eu os possa vencer,
E nem voltar, e nem escolher
Em qual estrada seguir...

Nessa solidão,
O tempo não para, no amor que não vê,
Nos dias que se passam sem que eu tenha você,
Sem que eu os possa existir...

Nessa solidão,
O meu coração já é fraco, eu já não sonho...
Nem o que eu componho é mais poesia,
Já não tenho esperança...

Nessa solidão,
Somente você poderá parar a agonia,
Poderá parar o tempo, poderá parar os dias
Que se vão sem que eu os possa viver...

Nessa solidão,
Os dias se vão sem que eu os possa entender,
Nem o que no meu coração eu preciso fazer
Pra me reencontrar...

Nessa solidão sem você,
Sem você,
Sem que eu tenha você
Nessa solidão...

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 11 de julho de 2011


À minha Vã

Dantes pregado as tuas eras
Mulher das rosas, do beijo...
Endoidecido, quem me deras
Fosse teu oiro ao Alentejo...

Talvez ninguém fora à terra,
Hoje que é luz, é meu desejo...
Oh, mulher, quem cá esperas
É sua saudade, e é seu pejo.

Agora adiante, sei quem sou!
Como dantes: O seu Amor
Que aos infinitos foi perdido...

Hoje, a chorar a sua saudade...
Pois que mulher, nas vaidades
Fosse de mim o amor antigo!

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 1 de julho de 2011


No Amor d’ Ela

Os meus olhos não cegarão
Onde infinitos que hão de ver
O fulgor d’ estrelas,
Nos caminhos que percorrer
As almas brancas de astros,
A lua virgem das paixões,
Nos casulos que deitam corpos,
Onde estendem os corações...

Os meus olhos não cegarão,
Serão ledores de sul e norte,
Dos dois lados do mar,
Criaturas que beijam a sorte
Onde o amor é juventude,
Para que o tempo não mude
Ou velas queimem primeiro...

Os meus olhos não cegarão,
No amor d’ Ela não cegarão,
Nas gavetas amontoadas
Cheirando flores que imitam
Um jardim cheio de cor...

No amor d’ Ela não cegarão,
Infinitos os meus olhos serão
Na existência de seu amor...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 29 de junho de 2011


A vida nos cantará o amor

Eu sei que o tempo não morre,
Que tão distante,
Lá outrora num mundo distante
Eu amei você...

Eu sei que nesse presente,
Que num futuro ainda ausente,
Que num momento qualquer
Eu vou amar você...

E sei que você sabe
Que esse amor que você tem
Em seu coração lhe foi dado pelos céus
Para que junto ao meu
Nos fosse eterno...

E eu sei,
E eu sei também
Que os anjos nos cantarão o amor,
Que a vida nos cantará o amor
E que para sempre te amarei...

Porque eu sei, que um amor assim
É um amor sem fim
Em uma canção de esperança
Onde os sonhos não morrem
Mesmo à solidão dos dias...

Eu sei que vou te encontrar
Um dia eu sei que eu vou te encontrar
Nesse tempo que não morre
E que eu vou amar você...

Que para sempre,
Que para sempre,
Eu vou amar você...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 17 de junho de 2011


Nas Eras d’ Ela

Estrela dos meus céus e dos meus delírios,
Fonte de meus desejos e da minha paixão,
Flor que entre os espinhos me reluz os lírios,
Vida de minha vida e do meu coração...

Lua de cor plena, luz dos meus martírios...
Água de minha sede a me banhar as mãos,
Anciã dos meus pecados e dos meus satírios,
Eis a minh’ alma em sua imensidão...

Fazeis d’ ela unção, que de mim és santificada.
Oh rosa de acalanto e amortalhada,
Amor de meus amores aos céus perdidos...

Vida que me és estrela aos sonhos loucos
Nada te és em vão, nem tempos são cavoucos,
Eis que n’ outro ressurge o teu amor antigo...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 16 de junho de 2011


Sem que eu te seja amor

Depois de tudo que se tornou em mim
Tantos desejos, paixão, muito furor
Hoje que me és a vida e tudo o que sou
Dou-te a alma que te perdeu, enfim...

Depois de tudo que se tornou em mim
A minha ensandecida, o meu fulgor
Hoje que és a vida que me encontrou
Dou-te o meu coração, e te peço assim:

Amor, nunca se vá sem se encontrar,
Pois que, um amor, jamais se faz perder,
Se faz por a vida inteira eternizar...

Roga-me santo, amor, em seu coração
Deixa-me ser eterno em o seu viver
Já que, em tua vida, eu já te sou paixão.

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 13 de junho de 2011


LUZ BRANCA

É você, querida, os sentimentos do meu coração,
É você a minha vida tão intensa ao meu amor;
É o ardor de minha pele tão forte ao seu fulgor,
Quem esplêndida aos céus reluz minha paixão...

É você, querida, tão incandescida a minha razão,
É você a minha chama em raios de esplendor;
É o fogo que não queima tão forte ao seu pudor,
Quem após a alvorada me clareia a imensidão...

É você, que na noite, as estrelas me faz brilhar...
Tão intensa por a lua em luz branca incandescer
Aos teus desejos, por teu amor em mim provar...

É em você, querida, que para sempre irei viver...
Aos versos loucos em minh’alma a encontrar,
A luz da vida, por os séculos infinitos percorrer...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 3 de junho de 2011


Você que me faz sorrir

Eu quero dizer, perfeita é a tua alma
Perfeitos são os teus sonhos
Em tudo que eu componho pra você
Tão perfeita é a tua esperança...

Eu quero dizer, na vida sem você
Tudo era tão triste, mas agora tudo existe
Tudo é vivo no meu coração...

Você me fez acreditar que a vida
Não é apenas uma página, é feita pra sorrir
Me fez desistir da solidão e deixar
Que a alegria viesse a me encontrar...

Eu quero dizer, que os dias sem você
Não se completam mais
Que eu já não serei capaz de viver
De viver sem o seu amor pra sorrir...

Você me fez ver que no mundo
Sem que se tenha um querer e profundo
Se ele não for, há que sonhar seja dor,
Mas se tiver esperança é sorrir...

Eu quero dizer, na vida sem você
Tudo era tão triste, mas agora tudo existe
Tudo é vivo no meu coração...

Que não mais viverei sem sorrir...

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 2 de junho de 2011


SE PERFEITA VOCÊ FOR

Se de tudo que você já é
Desde quando no mundo mulher
Você se tornou meu amor
Querer ser do meu peito jamais
Outra vida a encontrar
Nesse meu coração que existe
Para aos seus desejos pulsar
Desde os tempos que o amor
Brilhou sobre a luz dos teus olhos
E na minha alma ficou
Sem que nada fosse triste
E quem de tudo em mim persiste
Sob a luz do luar
Sobre o imenso azul do mar
Você querer ser eternamente
A minha estrela bendita
Quem simplesmente me faz querer
Você terá que ser
Quem de tudo você já é
Desde quando no mundo mulher
Você me fez viver...

(Poeta Dolandmay)


DEPOIS QUE EU TE AMEI

Os dias se vão passando
O amor já é tão forte
Quais os ventos que sopram ao norte
Já é em mim esta paixão...

E pra quê eu digo que te amo
Se você já sabe de tudo
De tudo o que eu sinto por você
De tudo o que eu quero de você
O que os seus olhos já sabem olhar...

No meu corpo o coração
Nunca soube se calar
Nem um minuto ele quis parar
De gritar o seu amor...

Tão eterna você já era em mim
Mas aos séculos em que vagueei com você
Nunca foi tão forte assim
Como agora ao esplendor...

Talvez um dia você me diga
O que eu digo a você:
Que sem o seu amor não vivo
Que sem você meu peito é dor...

(Poeta Dolandmay)

UM AMOR DEPOIS DOS DIAS

Talvez, amor,
Desta vez em que eu te amei
Tenha chegado ao fim
A nossa história bendita.

Talvez,
Os anjos já se cansaram
Deste amor tão louco
E no coração nos puseram
Q’ outra vida não haverá
Se não nós dois entre as nuvens
Para agora os céus
Podermos encantar...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 25 de maio de 2011


SONETO ORAL

O teu aroma, amor, me seduz à flor molhada,
Ao mel nos lábios em sugar do teu amor,
Ao teu êxtase em delírios de esplendor,
Pois que tu és de minh’alcova a rosa amada...

Em meu querer, tu foste aos céus santificada
Qual uma prenda num solver sem amargor...
Pois que tu és, entre as estrelas, o meu fulgor,
Em meu luar entre a paixão a imaculada...

Cheirosas ramas, ao teu chão, sempre a criar
Vontade louca em teu perfume eu envolver
Aos teus anseios, por te sugar a flor ardente...

Pois teu aroma, amor, haverá d’eu encontrar
Em cada espaço de desejo a me prender
Sem medo algum à tua chama incandescente...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 17 de maio de 2011


PAIXÃO DE ERAS

Eu quero ser outra vez
Tudo o que eu era antes
Ser seus instantes de prazer
E tua paixão delirante...

Eu quero ser outra vez
Tudo o que te faz provar
Te faz provar que o amor
É quem te brilha o luar...

Eu quero ser outra vez
A tua sensatez
Teu sangue às veias quentes
Quem te faz simplesmente
Tão louca ficar...

Eu quero ser outra vez
Os teus dias arfantes
O seu coração palpitante
Na loucura de amar...

Eu quero ser outra vez
Quem sabe até talvez
A eternidade dos teus dias
No além do seu esplendor...

Pois que ao distante passado
Eu sempre estive ao teu lado
Eu sempre fui teu amor...

(Poeta Dolandmay)


DELÍRIOS EM PRAZER

Pois quando inclui o que não se têm
Tudo à alma se altera: delirante prazer!
Se fantasia ao corpo tão bem
Que n’um fantástico gozo se faz viver...

Pois, é em chamas que se faz erguer
As volúpias tentações d’um antigo além,
E ao coração se faz compreender
Como se ama, sem mesmo ter ninguém.

São de Bardos as vozes que se faz voar,
E são das estrelas o azul balouçante
Que se cruza ao branco e mágico luar...

Pois que também ninguém se faz arfante
Em tudo que se vê, mas se faz provar
Que não se mente um prazer delirante...

(Poeta Dolandmay)

sábado, 7 de maio de 2011


Em bálsamo eloquente

Ela me veio numa tarde quente
Dizendo-me de seus amores...
Ela me veio de dentre as flores
Com sua fragrância eloquente...

Ela me veio tão simplesmente
Qual uma flor e sem pudores...
Ela me veio em seus ardores,
Ao seu vermelho rosa-ardente.

Mulher-ardor que me faz amar
E aos seus feitiços entregar
Os meus intensos devaneios...

E assim é ela: é como uma fada
Minha menina-rosa amada,
É quem me leva dentre os seios.

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 27 de abril de 2011


Depois que tudo acabar

Sei lá, talvez, tudo o que eu disser seja verdade
ou apenas seja o meu grito de saudade,
não sei, possa ser o meu amor que te perdeu.

Sei lá, talvez, um dia eu volte a dizer que a amo,
pois, agora, é de mim mesmo que reclamo
por perder ao tempo tudo o que não me deu.

Quantos amores, quantos desejos perdidos...
Quanta vida em chama erguida deixei apagar a luz.
Agora, são apenas palavras que me conduz,
e quem sabe, talvez, quando despercebido
for este sentimento eu a volte a falar de amor.

Eu sei que aos seus olhos me brilha o luar,
mas agora, o que me devora é o que não faz te amar,
sei lá, talvez, um dia eu esqueça essa dor.

(Poeta Dolandmay)